22º Prêmio Guarani :: Indicados de 2016

Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, é o campeão de indicações do ano, concorrendo em doze categorias!

Nada menos do que 29 filmes estão indicados entre as 19 categorias que apontam o melhor da produção nacional em 2016 – além destes, há ainda os cinco indicados a Melhor Filme Estrangeiro, com representantes França, Espanha, Coréia do Sul, Japão e Hungria. Entre os títulos nacionais, o campeão de indicações é Aquarius, concorrendo em 12 categorias – uma a mais do que o longa anterior do diretor Kleber Mendonça Filho, O Som ao Redor, que obteve 11 indicações e conquistou 7 vitórias, inclusive a de Melhor Filme do ano, em 2013. Aquarius rendeu mais duas indicações a Kleber Mendonça (ele já possui quatro vitórias): Direção e Roteiro Original. Entre as atuações, disputa como Melhor Atriz (Sonia Braga, em sua terceira indicação) e Ator Coadjuvante (Irandhir Santos, em sua sexta indicação – ele já contabiliza quatro vitórias).

O segundo filme mais indicado do ano é Boi Neon, na disputa em onze categorias, entre elas Filme, Direção, Ator (Juliano Cazarré, em sua segunda indicação) e Atriz Coadjuvante (Maeve Jinkings, em sua terceira indicação – ela possui uma vitória). Para Minha Amada Morta (8 indicações, inclusive a Ator – Fernando Alves Pinto, segunda indicação – e Atriz Coadjuvante – Mayana Neiva), O Silêncio do Céu (5 indicações, inclusive a Ator – Leonardo Sbaraglia) e Mate-me Por Favor (4 indicações) completam os cinco indicados a Melhor Filme de 2016.

O filme com o maior número de indicações, porém sem concorrer na categoria principal, é Elis (9 indicações, inclusive a Atriz – Andreia Horta – e Ator Coadjuvante – Gustavo Machado, segunda indicação). Logo em seguida temos Nise: O Coração da Loucura (6 indicações, inclusive a Atriz – Gloria Pires, oitava indicação, com duas vitórias – e Ator Coadjuvante – Fabricio Boliveira, segunda indicação). Sinfonia da Necrópole somou seis indicações, inclusive à Melhor Direção, com Juliana Rojas como a única mulher lembrada nessa categoria. Matheus Nachtergaele, que concorre a Melhor Ator Coadjuvante por Mãe Só Há Uma, é o recordista de indicações deste ano: está é sua décima indicação, sendo que ele já conta com três vitórias. Já entre os novatos, como Revelação do Ano, foram lembrados os protagonistas de Mate-me Por Favor, Sinfonia da Necrópole, Mãe Só Há Uma e Ponto Zero, além de um coadjuvante de peso de Para Minha Amada Morta. Confira a seguir a relação completa com todos os indicados deste ano:

FILME

• Aquarius, produção de Saïd Ben Said, Emilie Lesclaux, Michel Merkt
• Boi Neon, produção de Rachel Ellis
• Mate-me por Favor, produção de Vania Catani
• O Silêncio do Céu, produção de Rodrigo Teixeira
• Para Minha Amada Morta, produção de Aly Muritiba, Antonio Júnior, Marisa Merlo

Dos indicados, apenas Emilie Lesclaux (O Som ao Redor, 2013) e Vania Catani (O Palhaço, 2011, e A Festa da Menina Morta, 2009) já foram premiadas nesta categoria. Rodrigo Teixeira está em sua segunda indicação (concorreu antes por O Abismo Prateado, 2013), enquanto que os demais são todos estreantes. Aly Muritiba, neste ano, recebeu ao todo três indicações: além dessa categoria, ele concorre também à Direção e Roteiro Original. Importante observar que todos os cinco títulos obtiveram repercussão internacional. Aquarius foi selecionado para o Festival de Cannes e premiado em Biarritz, Cartagena, Havana, Lima, Mar Del Plata e Sydney. Boi Neon começou sua carreira com um troféu especial do júri no Festival de Veneza, e foi premiado ainda nos festivais de Adelaide, Cartagena, Durban, Santa Maria da Feira, Hamburgo, Havana, Lima, Marrakech, Nantes e Toronto. O Silêncio do Céu concorreu em Mar Del Plata e foi premiado em Huelva, enquanto que Para Minha Amada Morta foi reconhecido no Festival de Montreal e em Santa Maria da Feira. Por fim, Mate-me Por Favor foi selecionado para os festivais de Veneza, SXSW, Munique e IndieLisboa. Aquarius (12) e Boi Neon (11) são os campeões de indicações neste ano, enquanto que Para Minha Amada Morta (8), O Silêncio do Céu (5) e Mate-me Por Favor (4) correm por fora.

DIREÇÃO

• Aly Muritiba, por Para Minha Amada Morta
• Gabriel Mascaro, por Boi Neon
• Juliana Rojas, por Sinfonia da Necrópole
• Kleber Mendonça Filho, por Aquarius
• Marco Dutra, por O Silêncio do Céu

Kleber Mendonça Filho (O Som ao Redor, 2013) e Marco Dutra (Quando Eu Era Vivo, 2014) estão concorrendo pela segunda vez nessa categoria. O primeiro foi premiado anteriormente, enquanto que o segundo segue na expectativa de uma vitória. Os dois, no entanto, receberam duas indicações neste ano: Kleber concorre ainda a Melhor Roteiro Original, enquanto que Marco está na disputa de Melhor Trilha Sonora por Sinfonia da Necrópole. Aly Muritiba, Gabriel Mascaro e Juliana Rojas estão em suas primeiras indicações. Curioso observar que tanto Muritiba quanto Rojas são realizadores estreantes no formato, enquanto que Mascaro é o mais experiente dos cinco indicados (este é o seu sexto longa, ainda que apenas o segundo de ficção).

ATOR

• Fernando Alves Pinto, por Para Minha Amada Morta
• Juliano Cazarré, por Boi Neon
• Leonardo Sbaraglia, por O Silêncio do Céu
• Nelson Xavier, por A Despedida
• Paulo Tiefenthaler, por O Roubo da Taça

Dos cinco indicados, quatro são estreantes na categoria, e nenhum deles conta com alguma vitória anterior. Fernando Alves Pinto e Juliano Cazarré são os únicos já indicados anteriormente. Pinto é, agora, o indicado com o maior intervalo entre indicações ao Guarani – ele concorreu antes, também como protagonista, por Terra Estrangeira, em 1995, na primeira edição da premiação! Já Cazarré esteve entre os finalistas mais recentemente: foi como Melhor Ator Coadjuvante, por O Lobo Atrás da Porta, em 2014. O argentino Leonardo Sbaraglia é o terceiro estrangeiro, em toda a história do Prêmio Guarani, a ser indicado – antes, concorreram o canadense Henry Czerny, a Melhor Ator, por Jenipapo, em 1996, e a norte-americana Amy Irving, a Melhor Atriz, por Bossa Nova, em 2000. Uma curiosidade: tanto Nelson Xavier, por A Despedida, como Paulo Tiefenthaler, por O Roubo da Taça, foram premiados como Melhor Ator no Festival de Gramado – o primeiro em 2015, o segundo em 2016.

ATRIZ

• Andreia Horta, por Elis
• Carla Ribas, por Campo Grande
• Gloria Pires, por Nise: O Coração da Loucura
• Luciana Paes, por Sinfonia da Necrópole
• Sonia Braga, por Aquarius

E temos uma recordista: esta é a oitava indicação de Gloria Pires ao Guarani, sendo que ela já possui duas vitórias, ambas como Melhor Atriz – por A Partilha, em 2001, e por É Proibido Fumar, em 2010. Carla Ribas concorreu uma vez antes, e nesta mesma categoria, por A Casa de Alice, em 2008, enquanto que Sonia Braga está em sua terceira indicação – concorreu a Melhor Atriz por Tieta do Agreste, em 1996, e a Melhor Atriz Coadjuvante por Memórias Póstumas, em 2001. Tanto Andreia Horta quanto Luciana Paes são estreantes na premiação. Por estas atuações, no entanto, Braga foi premiada nos festivais de Biarritz, Lima e Mar Del Plata, além de ter ganho o Premio Felix, o Troféu Platino, e o reconhecimento da associação de críticos de cinema de San Diego, nos EUA. Horta, por sua vez, foi a melhor no Festival de Gramado, pela Associação Paulista de Críticos de Arte e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Por fim, Gloria Pires conquistou o prêmio do Festival de Tóquio.

ATOR COADJUVANTE

• Fabricio Boliveira, por Nise: O Coração da Loucura
• Gustavo Machado, por Elis
• Irandhir Santos, por Aquarius
• Jesuíta Barbosa, por Reza a Lenda
• Matheus Nachtergaele, por Mãe só há Uma

Ao contrário do que se viu na categoria principal, entre os coadjuvantes temos apenas velhos conhecidos. Matheus Nachtergaele é um dos recordistas da história do Guarani, e esta é sua décima indicação – já foi premiado duas vezes como coadjuvante, por O Que É Isso, Companheiro?, em 1997, e por Kenoma, em 1998, e como Melhor Direção, por A Festa da Menina Morta, em 2008. Irandhir Santos, por sua vez, está na sexta indicação, mas já soma quatro vitórias – duas como coadjuvante, por Olhos Azuis, em 2010, e por A História da Eternidade, em 2015, e duas como principal, por Febre do Rato, em 2012, e por Tatuagem, em 2013. Jesuíta Barbosa, por sua vez, está em sua terceira indicação, e ganhou as duas vezes anteriores em que concorreu: como Revelação, por Tatuagem, em 2013, e como coadjuvante, por Praia do Futuro, em 2014. Já os demais, ambos estão em suas segundas indicações: Gustavo Machado concorreu a Melhor Ator por Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, em 2012, enquanto que Fabricio Boliveira foi indicado, também a Melhor Ator, por Faroeste Caboclo, em 2013.

ATRIZ COADJUVANTE

• Adriana Esteves, por Mundo Cão
• Dani Nefussi, por Mãe Só Há Uma
• Maeve Jinkings, por Boi Neon
• Marcélia Cartaxo, por Big Jato
• Mayana Neiva, por Para Minha Amada Morta

Duas novatas e três veteranas. Mayana Neiva e Dani Nefussi estão em suas primeiras indicações ao Guarani. Adriana Esteves já concorreu apenas uma vez, a Melhor Atriz, por Real Beleza, em 2015. Já Maeve Jinkings e Marcélia Cartaxo estão, ambas, em suas terceiras indicações. A primeira ganhou como Melhor Atriz Coadjuvante por O Som ao Redor, em 2013, enquanto que a segunda ganhou nas duas vezes em que esteve na disputa, ambas como coadjuvante: por Madame Satã, em 2002, e por A História da Eternidade, em 2015.

DOCUMENTÁRIO

• A Paixão de JL, produção de Kátia Nascimento, Flávio Botelho
• Cinema Novo, produção de Diogo Dahl
• Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil, produção de Maria Carneiro da Cunha
• O Futebol, produção de Sergio Oksman
• São Paulo em HI-FI, produção de Lufe Steffen

Dos cinco indicados neste ano nesta categoria, apenas um conseguiu emplacar mais de uma indicação: Cinema Novo, que concorre ainda a Melhor Montagem. Todos os cinco, no entanto, são fortes concorrentes. Afinal, temos dois vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro – Cinema Novo, em 2016, e Menino 23, em 2017 – e dois do É Tudo Verdade – A Paixão de JL, em 2016, e O Futebol, em 2017. O filme de Eryk Rocha ganhou ainda o troféu Olho de Ouro no Festival de Cannes, além de ter sido indicado ao Felix e premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte. O longa de Carlos Nader ganhou o o Queer Lisboa e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Havana. Também premiado no Queer Lisboa foi o documentário de Lufe Steffen, pelo Júri Popular.

ROTEIRO ORIGINAL

• Kleber Mendonça Filho, por Aquarius
• Gabriel Mascaro, por Boi Neon
• Anita Rocha da Silveira, por Mate-me por Favor
• Juliana Rojas, por Sinfonia da Necrópole
• Aly Muritiba, por Para Minha Amada Morta

Aly Muritiba tem aqui a terceira indicação deste ano, enquanto que Juliana Rojas, Kleber Mendonça e Gabriel Mascaro concorrem com a segunda indicação de 2016. Anita Rocha da Silveira é a estreante, tendo aqui sua única indicação neste ano. O único já premiado nesta categoria é Kleber Mendonça Filho, que ganhou por O Som ao Redor, em 2013.

ROTEIRO ADAPTADO

• Nelson Caldas, Adriana Falcão, Walter Lima Jr e Guilherme Vasconcelos, baseados no romance A Volta do Parafuso, de Henry James, por Através da Sombra
• Hilton Lacerda, baseado no romance homônimo de Xico Sá, por Big Jato
• Melanie Dimantas, Ronaldo Santos, baseados no romance homônimo de Lúcia Machado de Almeida, por O Escaravelho do Diabo
• Caetano Gotardo, Lucía Puenzo, Sergio Bizzio, baseados no romance Era El Cielo, de Sergio Bizzo, por O Silêncio do Céu
• Leonardo Levis, baseado no romance homônimo de Cristóvão Tezza, por O Filho Eterno

Vários velhos conhecidos do Prêmio Guarani se reencontram nesta categoria. Hilton Lacerda tem aqui sua nona indicação, tendo ganho apenas uma vez, por Febre do Rato, porém como Roteiro Original. Na categoria de Roteiro Adaptado concorreu anteriormente apenas uma vez, por Capitães da Areia, em 2011. Caetano Gotardo, por sua vez, está em sua quarta indicação – a primeira nesta categoria – nem nunca ter ganho. Melanie Dimantas, por sua vez, está em sua sexta indicação, também sem vitórias até o momento. Ao contrário de Adriana Falcão, que concorre pela terceira vez, tenho sido premiada nas duas ocasiões anteriores: por O Auto da Compadecida, em 2000, e por A Máquina, em 2006, ambas nesta mesma categoria.

MONTAGEM

• Eduardo Serrano, por Aquarius
• Fernando Epstein, Eduardo Serrano, por Boi Neon
• Renato Valone, por Cinema Novo
• Eduardo Aquino, por O Silêncio do Céu
• João Menna Barreto, por Para Minha Amada Morta

Eduardo Serrano concorre duplamente nesta categoria, pelos dois filmes mais indicados deste ano. Já Renato Valone é o azarão, sendo o único documentário dentre os cinco finalistas.

FOTOGRAFIA

• Pedro Sotero, Fabrício Tadeu por Aquarius
• Pedro Farkas, por Através da Sombra
• Diego Garcia, por Boi Neon
• João Atala, por Mate-me por Favor
• Adrian Teijido, por Elis

Pedro Farkas, um dos grandes fotógrafos do cinema brasileiro, é, no entanto, o azarão neste ano – Através da Sombra é, dos cinco finalistas, aquele com o menor número de indicações, concorrendo apenas duas categorias.

TRILHA SONORA

• Mateus Alves, por Aquarius
• Jaques Morelenbaum, por Nise: O Coração da Loucura
• Antonio Pinto, por Pequeno Segredo
• Juliana Rojas, Marco Dutra, Ramiro Murillo, por Sinfonia da Necrópole
• Otavio de Moraes, por Elis

Pequeno Segredo foi o filme indicado pelo Brasil como representante do país na disputa de uma indicação como Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2017. Entre os votantes do Prêmio Guarani, no entanto, o filme emplacou apenas uma indicação. Antonio Pinto, no entanto, é um profissional que dificilmente seria esquecido, já tendo sido indicado ao Globo de Ouro e trabalhado em filmes estrelados por Tom Cruise e Nicolas Cage, entre outros. Atenção também para a presença dos cineastas Juliana Rojas e Marco Dutra, ambos indicados também à Melhor Direção – ele por O Silêncio do Céu, mas nesta categoria concorre pelo trabalho que realizou em Sinfonia da Necrópole.

SOM

• Nicolas Hallet, Ricardo Cutz, por Aquarius
• Lia Camargo, por Mais Forte que o Mundo
• Mauricio D’Orei, Fabian Oliver, por Boi Neon
• Sérgio Abdalla, Gabriela Cunha, Fernando Henna, Daniel Turini, por Sinfonia da Necrópole
• Miriam Biderman, Vitor Moraes, Débora Morbi, Ricardo Reis, por Reza a Lenda

Mais Forte que o Mundo: A História de José Aldo era um filme que tinha expectativas de ser indicado em diversas categorias, inclusive a Filme, Direção e Ator, mas emplacou em apenas duas: nesta e em Efeitos Especiais. Outra surpresa é o road movie Reza a Lenda, que se destacou nas categorias técnicas.

FIGURINO

• David Parizotti, por O Roubo da Taça
• Cristina Kangussu, por Nise: O Coração da Loucura
• Flora Rebollo, por Boi Neon
• Cristina Camargo, por Elis
• Cássio Brasil, por Reza a Lenda

Apesar de concorrer a Melhor Ator, a comédia O Roubo da Taça conseguiu emplacar também mais essa dobradinha de indicações, em Figurino e Direção de Arte, resultado da ótima reconstituição de época que o filme apresenta.

DIREÇÃO DE ARTE

• Juliano Dornelles, Thales Junqueira, por Aquarius
• Uirande Holanda, por Nise: O Coração da Loucura
• Maira Mesquita, por Boi Neon
• Frederico Pinto, por Elis
• Fábio Goldfarb, por O Roubo da Taça

Boi Neon, Elis, Nise: O Coração da Loucura e O Roubo da Taça conseguiram ser indicados nestas duas categorias “casadas”: Direção de Arte e Figurino. O único que concorre apenas aqui é Aquarius – que, no entanto, é o campeão de indicações neste ano. Difícil considerá-lo um azarão, portanto.

MAQUIAGEM

• Anita Tagliavini, por O Diabo Mora Aqui
• Cristiano Pires, por O Shaolin do Sertão
• Anna Van Steen, por Elis
• Martin Macias Trujillo, por Um Homem Só
• Tayce Vale, por Reza a Lenda

Martin Macias Trujillo é um dos recordistas de indicações e prêmios no Guarani, e garantiu a única indicação a Um Homem Só neste ano. Outro que tem aqui sua solitária lembrança é a comédia O Shaolin do Sertão. Já o terror O Diabo Mora Aqui emplacou, além dessa, também uma indicação a Melhores Efeitos Especiais.

EFEITOS ESPECIAIS

• Eduardo Amodio, por Aquarius
• Marcelo Borin, por O Diabo Mora Aqui
• Vander de Souza, Isabela Ferrari, Sofia Franco, por Elis
• Sergio Farjalla Jr, por Mais Forte que o Mundo
• Sergio Farjalla Jr, por Reza a Lenda

O que será que Aquarius e Elis fazem nessa categoria? Com efeitos bem discretos, que dizem mais respeito à reconstituição histórica que ambos os filmes promovem, garantiram a presença entre os finalistas pela eficiência do conjunto que apresentam. Bem diferente do filme em O Diabo Mora Aqui e Reza a Lenda, dois filmes em que os efeitos se destacam com facilidade. O quinto indicado, Mais Forte que o Mundo, está no meio termo entre os dois extremos, e pode conquistar por ser esta uma das suas únicas chances de vitória.

ELENCO

• Leonardo Lacca, Amanda Gabriel, por Aquarius
• Marcela Altberg, por Elis
• Fátima Toledo, por Boi Neon
• Guilherme Gobbi, Dani Pereira, por Nise: O Coração da Loucura
• Amanda Gabriel, por Para Minha Amada Morta

Os cinco indicados aqui são os preparadores de elenco e os diretores de casting, ou seja, os profissionais responsáveis não apenas pela escolha das pessoas certas para interpretarem cada personagem, mas também por prepararem cada um destes artistas.

REVELAÇÃO DO ANO

• Eduardo Gomes, por Sinfonia da Necrópole
• Lourinelson Vladmir, por Para Minha Amada Morta
• Naomi Nero, por Mãe Só Há Uma
• Sandro Aliprandini, por Ponto Zero
• Valentina Herszage, por Mate-me Por Favor

Lourinelson Vladmir foi premiado como Melhor Ator Coadjuvante, por este filme, no Festival de Brasília. Já Valentina Herszage foi eleita a Melhor Atriz no Festival do Rio. Naomi Nero foi escolhido como Melhor Ator no Festival de Valladolid, na Espanha. Eduardo Gomes e Sandro Aliprandini, no entanto, tem aqui o maior reconhecimento por seus trabalhos, sendo que, em ambos os casos, eles apareceram pela primeira vez como protagonistas.

FILME ESTRANGEIRO

• Elle (França)
• Julieta (Espanha)
• Invasão Zumbi (Coréia do Sul)
• Depois da Tempestade (Japão)
• Filho de Saul (Hungria)

Os filmes da França (em 2017), da Espanha e da Hungria (ambos em 2016) foram os representantes oficiais dos seus países na disputa por uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro – Filho de Saul foi único premiado. O longa japonês, dirigido por Hirokazu Kore-eda, foi selecionado para o Festival de Cannes, enquanto que o representante sul-coreano foi um verdadeiro fenômeno de público, uma das maiores bilheterias de todos os tempos no seu país, além de ter sido consagrado pela crítica internacional.

RANKING:

Ao todo, 29 longas nacionais receberam ao menos uma indicação em no mínimo uma das 19 categorias competitivas do Prêmio Guarani. É um número maior que dos dois anos anteriores – 2016 (25) e 2015 (27). Com 12 indicações, Aquarius ficou atrás de recordistas de anos anteriores: A Máquina (2005), com 16; Abril Despedaçado (2001), com 15; Xingu (2011), Bróder (2010) e Bossa Nova (2000), todos com 14; e Chatô: O Rei do Brasil (2015), Faroeste Caboclo (2013), Tatuagem (2013), O Palhaço (2011), Chega de Saudade (2007), Cidade Baixa (2005), 2 Filhos de Francisco (2005), Redentor (2004), Nina (2004), O Homem que Copiava (2003) e Cidade de Deus (2003), todos com 13.

Todos os indicados nas 20 categorias do Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro são escolhidos a partir de voto secreto do colegiado formado pela equipe de críticos do Papo de Cinema e outros profissionais da área de todo o país, que são convidados especialmente para opinarem na Academia Guarani de Cinema Brasileiro. Confira a seguir a relação completa de longas indicados em 2016:

Aquarius (12): Filme; Direção; Atriz; Ator Coadjuvante; Roteiro Original; Montagem; Fotografia; Trilha Sonora; Som; Direção de Arte; Efeitos Especiais; Elenco;
Boi Neon (11): Filme; Direção; Ator; Atriz Coadjuvante; Roteiro Original; Montagem; Fotografia; Som; Figurino; Direção de Arte; Elenco;
Elis (9): Atriz; Ator Coadjuvante; Fotografia; Trilha Sonora; Figurino; Direção de Arte; Maquiagem; Efeitos Especiais; Elenco;
Para Minha Amada Morta (8): Filme; Direção; Ator; Atriz Coadjuvante; Roteiro Original; Montagem; Elenco; Revelação;
Sinfonia da Necrópole (6): Direção; Atriz; Roteiro Original; Trilha Sonora; Som; Revelação;
Nise: O Coração da Loucura (6): Atriz; Ator Coadjuvante; Trilha Sonora; Figurino; Direção de Arte; Elenco;
O Silêncio do Céu (5): Filme; Direção; Ator; Roteiro Adaptado; Montagem;
Reza a Lenda (5): Ator Coadjuvante; Som; Figurino; Maquiagem; Efeitos Especiais;
Mate-me por Favor (4): Filme; Roteiro Original; Fotografia; Revelação;
Mãe Só Há Uma (3): Ator Coadjuvante; Atriz Coadjuvante; Revelação;
O Roubo da Taça (3): Ator; Figurino; Direção de Arte;
Através da Sombra (2): Roteiro Adaptado; Fotografia;
Big Jato (2): Atriz Coadjuvante; Roteiro Adaptado;
Cinema Novo (2): Documentário; Montagem;
Mais Forte que o Mundo (2): Som; Efeitos Especiais;
O Diabo Mora Aqui (2): Maquiagem; Efeitos Especiais;
A Despedida (1): Ator;
A Paixão de JL (1): Documentário;
Campo Grande (1): Atriz;
Menino 23 (1): Documentário;
Mundo Cão (1): Atriz Coadjuvante;
O Escaravelho do Diabo (1): Roteiro Adaptado;
O Filho Eterno (1): Roteiro Adaptado;
O Futebol (1): Documentário;
O Shaolin do Sertão (1): Maquiagem;
Pequeno Segredo (1): Trilha Sonora;
Ponto Zero (1): Revelação;
São Paulo em Hi-Fi (1): Documentário;
Um Homem Só (1): Maquiagem;