Dos cinco finalistas dessa categoria… todos já foram premiados anteriormente no Oscar! Tom Hanks tem duas estatuetas de Melhor Ator – Filadélfia (1993) e Forrest Gump: O Contador de Histórias (1994) – enquanto Al Pacino (Perfume de Mulher, 1992) e Anthony Hopkins (O Silêncio dos Inocentes, 1991) possuem, também, cada um a sua. Joe Pesci, no entanto, é o único a ter sido reconhecido anteriormente nessa mesma categoria (Os Bons Companheiros, 1990), mas Brad Pitt ganhou sua estatueta não atuando, mas como produtor (12 Anos de Escravidão, 2013). Seguindo essa lógica, é até justo que seja ele o favorito, não é mesmo? Mas independentemente de quem ganhar, uma coisa é certa: esta é, talvez, a categoria mais equilibrada dentre as quatro de atuações neste ano, pois qualquer um dos cinco poderia, tranquilamente, levar mais essa estatueta para casa, e ninguém poderia acusar o resultado de ser injusto. Sendo assim, confira as nossas apostas a Melhor Ator Coadjuvante!
Indicados
- Al Pacino, por O Irlandês
- Joe Pesci, por O Irlandês
- Tom Hanks, por Um Lindo Dia na Vizinhança
- Brad Pitt, por Era uma Vez em…Hollywood
- Anthony Hopkins, por Dois Papas
FAVORITO
Brad Pitt, por Era uma vez em… Hollywood
É raro isso acontecer, mas Brad Pitt não apenas é, até o momento, o mais premiado ator coadjuvante do ano, como também é o favorito das premiações de maior relevância. Vencedor do Globo de Ouro, do SAG, do Critics Choice e indicado ao Bafta, ele foi premiado também pelos críticos de Austin, Boston, Chicago, Dallas-Fort Worth, Denver, Havaí, Houston, Iowa, Carolina do Norte, Oklahoma, Philadelphia, Phoenix, San Diego, São Francisco, Southeastern, St. Louis, Toronto, Vancouver e Washington, além do National Board of Review e da Sociedade Nacional dos Críticos de Cinema dos EUA. Soma-se a isso o fato de estarmos falando de um dos maiores astros de Hollywood, com uma carreira mais do que consolidada – esta é a sua quarta indicação como intérprete, a sétima no total – e que, para completar, no mesmo ano entregou um outro trabalho digno de nota, o astronauta atormentado em busca do pai de Ad Astra: Rumo às Estrelas (2019). Se for para ser bem sincero, Pitt merecia o prêmio de Melhor Ator pelo longa de James Gray. Como não será o caso, o dublê que interpreta em sua segunda parceria com Quentin Tarantino servirá para garantir uma boa compensação.
AZARÃO
Joe Pesci, por O Irlandês
Há quase uma década sem atuar – seu último trabalho havia sido na comédia dramática Rancho do Amor (2010) – Joe Pesci precisou ser convencido por seus colegas de elenco – De Niro, Pacino, Keitel – a aceitar esse convite do diretor Martin Scorsese. Ao desistir da aposentadoria, entregou ao público uma das suas mais marcantes performances, um desempenho sutil e, ao mesmo tempo, hipnotizante, diferente de tudo que havia feito até então. O resultado, além dessa indicação, são as lembranças ao Globo de Ouro, Bafta, SAG e Critics Choice, sem esquecer dos prêmios que lhe foram concedidos pelos críticos de Detroit, Florida, Georgia, Kansas, Nevada, Nova Iorque, Philadelphia e San Diego. Ou seja, é o único com reais condições de ameaçar o óbvio favoritismo de Pitt. É uma ameaça, enfim, mas não perigosa ao ponto de provocar qualquer tipo de receio no provável campeão.
SEM CHANCES
Tom Hanks, por Um Lindo Dia na Vizinhança
Tom Hanks foi indicado ao Oscar pela última vez, antes desse ano, por Náufrago, em 2001. Ou seja, quase duas décadas atrás. Desde então, ele tem sido sistematicamente ignorado pela Academia, mesmo entregando performances estelares, como as vistas em Estrada para Perdição (2002), Prenda-me se for Capaz (2002), Jogos do Poder (2007), Capitão Phillips (2013), Walt nos Bastidores de Mary Poppins (2013), Ponte dos Espiões (2015), Sully: O Herói do Rio Hudson (2016) e The Post: A Guerra Secreta (2017), entre outros. Estava mais do que na hora, portanto, de convidá-lo novamente à grande festa do cinema norte-americano. Mas, não se engane: se trata justamente disso, de uma lembrança, um reconhecimento ao talento inegável de um dos maiores astros de Hollywood. Responsável pela única indicação do filme – o que, por si só, é uma injustiça, pois poderia estar concorrendo a Direção, Roteiro, Figurino e Design de Produção, por exemplo – Hanks tem sido indicado a quase tudo (Globo, SAG, Critics, Bafta), sem ganhar absolutamente nada, no entanto. Mas sempre é bom vê-lo de volta. E isso ninguém nega.
ESQUECIDO
Willem Dafoe, por O Farol
Poderíamos falar de Alan Alda (História de um Casamento) ou John Lithgow (O Escândalo), de Wesley Snipes (Meu Nome é Dolemite) ou Tracy Letts (Ford vs Ferrari), até mesmo de Shia LaBeouf (Honey Boy) ou Jamie Foxx (Luta por Justiça). Tal amplitude de opções só comprova o quão disputada esta essa categoria. Mesmo assim, talvez a ausência mais sentida seja a de Willem Dafoe, sobretudo por causa do incrível momento que o astro tem vivido recentemente. Indicado ao Oscar nos dois últimos anos – por Projeto Flórida, em 2018, e por No Portal da Eternidade, em 2019 – ele bem que merecia mais uma indicação pelo incrível desempenho apresentado em O Farol. Na verdade, a parceria que ele constrói com Robert Pattinson é bastante similar àquela vista na dupla Leonardo DiCaprio e Brad Pitt em Era uma vez em… Hollywood – em ambos os casos, é difícil apontar quem é o protagonista, e quem é o coadjuvante. Mas estamos falando de um filme em preto e branco, cuja temática vai do terror ao fantástico, gêneros geralmente vistos com preconceito pelos membros da Academia, o que pode explicar essa omissão. Ou seja, é até possível compreendê-la, mas nunca aceitá-la!
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