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O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu nesta terça-feira, 22, aos 81 anos, na cidade do Rio de Janeiro. No início deste mês, ele havia comemorado alta depois de uma internação de duas semanas para fazer exames e tratar uma síndrome edemigênica, geralmente causada por patologia cardíacas, renais e dos vasos sanguíneos. No entanto, de acordo com o boletim divulgado pelo Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio, o Tremendão voltou se ser internado e não resistiu às complicações de seu quadro de saúde. No entanto, o hospital ainda não confirmou a causa exata da morte. Vale lembrar que o artista ficou oito dias internado em 2021 depois de contrair a Covid-19, mas resistiu bravamente na ocasião. Nascido no bairro da Tijuca, na Cidade Maravilhosa, Erasmo Carlos foi amigo de Tim Maia na adolescência e se tornou um apaixonado pelo rock norte-americano neste período. Contemporâneo de Jorge Ben Jor, Wilson Simonal e de outros nomes então agenciados por Carlos Imperial, ele teve uma guinada importante na carreira ao encontrar aquele que seria um de seus grandes parceiros, Roberto Carlos.

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Erasmo e Carlos compuseram juntos sucessos da música brasileira, tais como É Preciso Saber Viver, Se Você Pensa, Sentado à Beira do Caminho, Sua Estupidez eTodos Estão Surdos. Foi um dos símbolos, junto com o parceiro e  Wanderléa, o movimento chamado Jovem Guarda, consolidado com a estreia em 1965 do programa televisivo batizado com o nome dessa onda cultural que tinha fortes influências melódicas e estéticas na cultura norte-americana. Erasmo sustentou ao longo das décadas seguintes a aura jovial de alguém que parecia sempre em busca de algo que lhe mantivesse a vivacidade dos verdes anos. Estima-se que em 50 anos de carreira ele tenha vendido mais de 100 milhões de cópias de seus álbuns. Erasmo tinha quase 700 músicas registradas como compositor.

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Erasmo Carlos também fez uma pequena carreira nos cinemas. Sua estreia nas telonas se deu numa participação em Minha Sogra É da Polícia (1958). Logo depois participou de Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (1968), Agnaldo, Perigo à Vista (1969), Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971)Os Machões (1972), O Cavalinho Azul (1984)Paraíso Perdido (2018) e Modo Avião (2020). Em 2019 teve sua vida contada na cinebiografia Minha Fama de Mau, na qual foi interpretado por Chay Suede, com quem conversamos na ocasião.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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