Certamente não é de hoje que acontecem discussões em torno de uma continuação ou mesmo de uma refilmagem de Sem Destino (1969). Mas, de acordo com a revista norte-americana Variety, agora parece que a coisa vai acontecer. Rerpresentantes da Kodiak Pictures, do Defiant Studios e do Jean Boulle Group estão se movimentando para oferecer uma versão dessa história contracultural para a juventude da atualidade – ficamos muito curiosos para saber como será essa atualização, tendo em vista os valores e o cenários sócio-políticos completamente diferentes entre a juventude dos anos 1960 e da atualidade. Segundo o que disse Maurice Fadida, da Kodiak Pictures, a ambição é se tornar culturalmente tão importante quanto o original. Ou seja, uma pretensão enorme?

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“Nosso objetivo é construir algo quer faça jus à contracultura e à narrativa de liberdade que o original nos deixou, assim dando à juventude de hoje um filme que preste atenção às suas próprias contraculturas e desafios. O que os jovens espectadores de hoje estão experimentando em suas vidas cotidianas pode parecer loucura para as gerações mais velhas, mas pode muito bem se tornar a norma social, como foi o caso da mudança cultural do final dos anos 1960. Esperamos fazer parte dessa mudança”.

Os produtores estão em busca de nomes para a direção e para assumir os icônicos papeis que foram de Peter Fonda, Dennis Hopper e Jack Nicholson. Sem Destino é considerado um dos emblemas da chamada Nova Hollywood, movimento de renovação estético-narrativa do cinema norte-americano que aconteceu a partir da segunda metade da década de 1960. O longa-metragem dirigido e co-estrelado por Dennis Hopper mostra dois motoqueiros cruzando os Estados Unidos e revelando a violência da América puritana. Um filme de estrada em que há diversas atualizações simbólicas, como a troca do cavalo dos faroestes norte-americanos por motocicletas que se tornaram ícones dessa juventude revolucionária. Vamos ver o que vem pela frente nesta refilmagem que ainda não tem previsão de estreia.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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