O começo de 2021 marcou a posse dos novos prefeitos e vereadores dos municípios brasileiros. E, aparentemente, os eleitores do Rio de Janeiro, especificamente os trabalhadores e simpatizantes do setor cultural, vislumbram uma luz no fim do túnel com a recente troca de gestão. Depois de quatro anos de muita reclamação quanto à falta de políticas públicas dedicadas ao incentivo cultural do governo Marcelo Crivella, a nomeação do teatrólogo e cineasta Marcus Faustini como secretário de Cultura foi um aceno do recém-empossado prefeito Eduardo Paes de que as coisas podem estar mudando. Numa recente entrevista concedida ao jornal o Dia, ao repórter Thiago Gomide, ele afirmou que existirá fomento em 2021 para a área: “Vai ter fomento em 2021. Esse é um compromisso do prefeito Eduardo Paes, um fomento para impulsionar o empreendedorismo cultural, pensando na inclusão, na diversidade, no desenvolvimento da economia da cultura, no desenvolvimento da estética dos espetáculos. Então vai ter fomento para ajudar a cultura carioca, no próximo verão, voltar a ser farol do Rio de Janeiro, no Brasil e no mundo”.
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Quem acompanha de perto os bastidores da cultura no Rio de Janeiro percebe, inclusive entre os envolvidos com o audiovisual, um êxodo recente de profissionais e empresas a outras praças, sobretudo São Paulo. Faustini também falou sobre a necessidade de retomar o status que o Rio de Janeiro já teve como um celeiro artístico: “A cidade do Rio de Janeiro sempre foi, desde os anos noventa, um dos principais laboratórios de cultura, inclusão social, de projetos sociais de cultura, de jovens talentos de periferia, de projetos que trabalham no território de excelência artística. Isso, nos últimos quatro anos, foi inibido e interrompido. Nós vamos retomar. É a grande missão transformar a cidade do Rio de Janeiro no grande farol de Cultura e inclusão social do país. Toda mãe que vive em periferia sabe o quanto um projeto de cultura é importante na vida de um filho para o desenvolvimento pessoal ou desenvolvimento até escolar. Na descoberta de talentos e possibilidades também. A nossa missão principal é voltar a fazer o Rio se tornar a capital cultural. E a capital cultural onde a cultura funciona como inclusão”.
Marcus Faustini revelou que a Cultura trabalhará com uma territorialização do orçamento, ou seja, privilegiando várias regiões da cidade, assim tentando reaquecer o mercado. Além disso, mencionou conversas com a Secretária de Infraestrutura para a recuperação de equipamentos culturais que atualmente se encontram deteriorados e um plano de escuta da população para definir determinadas políticas. Promessas existem. Vamos ver se elas são cumpridas.
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