Depois de ponderar diante da realidade imposta pela pandemia do Covid-19, os organizadores do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro optaram por realizar a edição comemorativa dos 15 anos do evento de modo híbrido. De acordo com Lúcio Vilar, diretor executivo, prevaleceu “a sensatez e a prudência”. Grande parte da programação, que acontecerá de 10 a 17 de dezembro, se dará no âmbito online. Haverá apenas duas sessões presenciais, exatamente as de abertura (10) e encerramento (17), respeitando todos os protocolos sanitários para garantir a segurança dos presentes, em João Pessoa, na Paraíba. As exibições online se darão numa plataforma própria, entre os dias 11 e 16. A curadoria é assinada pelo jornalista Amilton Pinheiro e, de acordo com Vilar, “transita, esse ano, por temas que estão na ordem do dia, no Brasil, como as questões indígenas, pautas identitárias, raciais, intolerância, ditadura militar e suas implicações nos anos 70 e o país, hoje, em turbulência com ameaças à sua jovem democracia”.
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Ao todo foram escolhidos 42 filmes, entre curtas (35) e longas-metragens (7). A critica de cinema Maria do Rosário Caetano vai mediar encontros virtuais discutindo diversos assuntos: Cinema Negro e o racismo no Brasil; A permanência de Aruanda – 60 anos depois, Fronteiras e bifurcações do cinema não ficção na contemporaneidade: Entre narrativas e novas linguagens. Haverá um colóquio especial com as homenageadas Helena Solberg e Vania Perazzo. Por falar nas personalidades celebradas na 15ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, estão programadas homenagens também a José Maria Lopes, João Carlos Beltrão e reverências póstumas a Wills Leal e Linduarte Noronha. Por sinal, este terá seu curta-metragem emblemático, Aruanda (1960), exibido com pompa e circunstância, sendo motivo de uma mesa de debates na qual estará presente o produtor Luiz Carlos Barreto.
Vale também destacar que 15ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro terá como novidade a premiação em dinheiro aos filmes das mostras competitivas. Confira abaixo os longas-metragens selecionados (a seleção completa você confere aqui):
SESSÃO DE ABERTURA
Os Quatro Paralamas, de Roberto Berliner
SESSÃO DE ENCERRAMENTO
Me Chama Que Vou, de Joana Mariani
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS
Chico Rei Entre Nós, de Joyce Prado
Codinome Clemente, de Isa Albuquerque
Glauber, Claro, de César Augusto Meneghetti
Libelu: Abaixo a Ditadura, de Diógenes Muniz
Nheengatu: A Língua da Amazônia, de José Barahona
Tentehar: Arquitetura do Sensível, de Paloma Rocha, Luís Abramo
Todas as Melodias, de Marco Abujamra
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