Crítica
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Sinopse
Um leão, uma zebra, uma girafa e um hipopótamo são os amigos e principais atrações do zoológico do Central Park, em Nova York. Quando um deles desaparece, os outros saem em busca e embarcam num navio rumo à ilha de Madagascar. Ali descobrem como é a vida selvagem.
Crítica
Quando o primeiro Madagascar foi lançado, em 2005, não era de se levar muita fé. De longe, parecia não mais do que uma tentativa da Dreamworks em criar uma nova franquia. Afinal, Shrek (2001) rendia ótimos frutos, mas era o único real grande sucesso de animação do estúdio. E o início do novo filme ajudou a moldar esse pensamento. O leão astro do zoológico Alex, a zebra (insuportável, diga-se de passagem) Marty, a hipocondríaca girafa Melman e a hipopótamo sexy Gloria tem seu charme, mas nada muito além disso. E vamos combinar, qual animação sobrevive sem personagens realmente cativantes? Em Procurando Nemo (2003) temos Dory e a turma do aquário. Cinderela (1950) tem seus ratinhos. Branca de Neve e os Sete Anões (1937)... bom, os sete anões! Isso para citar apenas alguns. Ainda bem que existem os coadjuvantes.
Quando a história começa a tomar forma, o “rei leão” decide conhecer um novo mundo fora do zôo, seus amigos o seguem e uma turma mais que doida de pinguins aparece. Eis que o filme engrena e mostra que a simples trama do “jovem que quer conhecer o mundo” teria bons motivos para se dar bem. Além dos pinguins/detetives/espiões/caratecas/etc., quando chegamos a Madagascar somos apresentados ao melhor personagem de todos: o engraçadíssimo, tresloucado, afetado e sem noção Rei Julien, ao lado de seus comparsas Maurice e o fofo Mork, além do já clássico hit “eu me remexo muito”.
Depois disso, a animação só ganha ainda mais pontos por ter um aspecto dúbio muito maior com os adultos que a assistem. Ora, quem não pensou em uma viagem proporcionada por ecstasy quando o leão tem seu momento “chapadeira” em meio à tribo de lêmures? Ou à própria conotação (homos)sexual do rei, que ganhou formas muito maiores nos dois títulos seguintes? São sacadas inteligentes que fazem crescer o interesse por uma trama que, a princípio, seria apenas um “mais do mesmo”. E risadas. MUITAS risadas.
O grande problema da Dreamworks (assim como qualquer outro estúdio, é claro) é o desgaste proporcionado. Afinal, devido ao enorme sucesso (foram mais de US$ 400 milhões em todo o mundo), vieram mais duas continuações, seriado de tv (Os Pinguins de Madagascar, 2008), vários jogos de videogame, etc, etc, etc. É bom saber a hora de parar. Enquanto isso, não custa rever o DVD e dar umas boas gargalhadas. I like to move, move...
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