A ideia de chamar Ang Lee, diretor taiwanês de títulos como Razão e Sensibilidade (1995) e O Tigre e o Dragão (2000) para comandar a primeira aventura do gigante esmeralda na tela grande tinha tudo para ser uma aposta arriscada, e não um agrado aos fãs – afinal, Hulk (2003) revelou ser mais um filme de autor do que aquilo que o público estava esperando. Pensando nisso, ao retomar as redes dos seus próprios personagens, uma das primeiras atitudes das mentes por trás do Universo Cinematográfico Marvel foi investir nessa figura carismática, e que, de acordo com esse pensamento, merecia uma nova visão. Começou-se mais uma vez do zero. Porém, o segundo longa da franquia foi cercado de problemas. Para começar, o diretor Louis Leterrier até pode ser o operário que esperavam, mas não se pode dizer que seja um profissional dos mais criativos. E para continuar, Edward Norton, escolhido para ser o protagonista, decidiu interferir em todo o processo, desde a escolha dos demais nomes do elenco até mesmo no roteiro e na direção. Tanto incomodou que acabou sendo substituído por Mark Ruffalo nos próximos longas. A menor bilheteria de todas as produções do estúdio – o único que não ultrapassou a marca dos US$ 300 milhões em todo o mundo – é uma aventura correta, com um vilão interessante (o Abominável vivido por Tim Roth) e coadjuvantes carismáticos (o General Ross de William Hurt voltou em Guerra Civil e em Guerra Infinita), mas que ficou marcada como aquela que todos parecem preferir esquecer.
:: Média 6,2 ::
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