De musa da Nouvelle Vague a ícone feminista, várias definições foram associadas à imagem da francesa Jeanne Moreau ao longo de quase sete décadas de carreira. Nascida em Paris, em 1928, começou no teatro nos anos 40, passando a pequenos papéis no cinema até despontar como protagonista do clássico Ascensor para o Cadafalso (1958), de Louis Malle. A parceria com Malle – repetida em Amantes (1958), Trinta Anos Esta Noite (1963) e Viva Maria! (1965) – bem como aquela com François Truffaut – em Jules e Jim: Uma Mulher para Dois (1962) e A Noiva Estava de Preto (1968) – fez com que Moreau se tornasse uma das atrizes mais requisitadas do mundo, pois não foram apenas os autores franceses – incluindo Jacques Demy, Jacques Becker, Bertrand Blier, Agnès Varda e Roger Vadim – que se renderam a seu talento. Entre os mais de cem títulos de sua filmografia, encontram-se obras de grandes cineastas de diferentes nacionalidades: A Noite (1961), do italiano Michelangelo Antonioni, Até o Fim do Mundo (1991), do alemão Wim Wenders, e Querelle (1982), de também germânico Rainer Werner Fassbinder, Cidadão Klein (1976) e Eva (1962), do norte-americano Joseph Losey, O Último Magnata (1976), de Elia Kazan, O Processo (1962) e Falstaff: O Toque da Meia-Noite (1965), de Orson Welles, O Passo Suspenso da Cegonha (1991), do grego Theo Angelopoulos, O Diário de Uma Camareira (1964), do espanhol Luis Buñuel, O Gebo e a Sombra (2012), do português Manoel de Oliveira, e até mesmo Joanna Francesa (1973), do brasileiro Cacá Diegues. No campo das honrarias recebidas até sua morte, aos 89 anos, estão um César de Melhor Atriz e dois pelo conjunto da obra, além de prêmios honorários concedidos pelos festivais de Berlim, Veneza e Cannes, onde ainda foi consagrada melhor atriz por Duas Almas em Suplício (1960), de Peter Brook.
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é formado em Publicidade e Propaganda pelo Mackenzie – SP. Escreve sobre cinema no blog Olhares em Película (olharesempelicula.wordpress.com) e para o site Cult Cultura (cultcultura.com.br).
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