INDICADOS

 

Invariavelmente, em meio aos indicados a Melhores Efeitos Visuais no Oscar, aparecem algumas produções que estariam longe do grande prêmio da Academia não fossem por seus avanços técnicos. Neste ano, o melhor exemplo é O Cavaleiro Solitário, fracasso de público e de crítica que figura nesta lista (e na de Melhor Maquiagem e Cabelo, dividindo espaço com o também improvável Vovô sem Vergonha). De qualquer forma, a briga pelo Oscar nesta categoria traz diversos nomes que já receberam a estatueta em outras ocasiões. No supracitado O Cavaleiro Solitário, por exemplo, John Frazier já levou a estatueta por Homem-Aranha 2 (2004). No time responsável por O Hobbit: A Desolação de Smaug, Joe Letteri tem quatro Oscars na estante, tendo vencido por O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (2002), O Retorno do Rei (2003), King Kong (2005) e Avatar (2009). Em Além da Escuridão: Star Trek, Burt Dalton foi vitorioso por seu trabalho em O Curioso Caso de Benjamin Button (2008). No favorito Gravidade, Neil Corbould recebeu o Oscar por Gladiador (2000). Apenas no time de Homem de Ferro 3 nenhum dos responsáveis recebeu o prêmio, ainda que vários deles já tenham sido indicados.

 

Favorito: Gravidade
Alfonso Cuarón convida o espectador a fazer uma viagem ao espaço e conta com os melhores efeitos visuais que o dinheiro pode comprar para nos transportar até lá. Gravidade necessita destes efeitos para funcionar e, por ser um trabalho admirável da equipe técnica formada por Timothy Webber, Chris Lawrence, David Shirk e Neil Corbould, tem tudo para vencer o meritório prêmio. O longa-metragem já levou para casa os louros da Visual Efects Society (VES), o que já é meio caminho andando para a estatueta dourada da Academia.

 

Torcida: Gravidade
Não é possível torcer por outro que não Gravidade. A jornada da personagem de Sandra Bullock é intensa, angustiante e completamente imersiva. E em vários momentos, os efeitos visuais têm grande parte da responsabilidade ao criar toda a atmosfera em que estamos. Cuarón, inclusive, esconde os cortes no início do filme através dos efeitos, criando um grande falso plano sequência que deixa qualquer espectador impressionado. Uma prova de que o departamento de efeitos visuais não existe apenas para criar explosões, mundos inimagináveis ou seres incríveis. Também ajuda a contar uma história e, por isso, deve receber a estatueta.

 

Azarão: O Hobbit: A Desolação de Smaug
Sempre existe a possibilidade da memória do antigo bicho-papão do Oscar, O Senhor dos Anéis, influenciar no voto dos membros e fazer com que O Hobbit: A Desolação de Smaug saia com uma estatueta, por mais improvável que seja. Os grandes cenários criados por computador, os atores que são encolhidos ou espichados e a beleza natural da Nova Zelândia que é caprichada na pós-produção estão lá. No entanto, tudo já visto na trilogia original. A inovação dos 48 frames por segundo acabou não emplacando como Peter Jackson imaginava, retirando do filme um dos pontos que trariam algum sopro de novidade ao longa-metragem.

 

Esquecido: O Homem de Aço
O Homem de Aço já merecia um lugar nos indicados ao Oscar nesta categoria só pelo seu prólogo, ambientado em Krypton. Diferente de tudo que já havíamos visto no cinema, a terra natal de Kal-El impressiona não só pela paisagem e pelos seres vivos lá existentes, mas também por sua tecnologia. Passado este momento e Krypton tendo explodido pelos ares, ainda temos ótimos efeitos visuais nas cenas ambientadas na Terra, seja Superman sobrevoando nossas paragens, sejam as naves espaciais e os vilões que desembarcam por aqui.

 

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista, produz e apresenta o programa de cinema Moviola, transmitido pela Rádio Unisinos FM 103.3. É também editor do blog Paradoxo.
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