Aconteceu na noite deste domingo, 27, a entrega do Oscar, o principal prêmio de Hollywood. E na sua 94ª edição, a festa deve ficar marcada por uma espécie de ode à mediocridade (como você pode ler no nosso balanço, listado logo abaixo no “Leia Mais”). Não foi desta vez que um filme com distribuição global Netflix levou para casa a tão sonhada estatueta dourada. Isso porque o favoritismo quase incontestável de Ataque dos Cães (2021) foi derretendo nas últimas semana ao ponto de deixar que No Ritmo do Coração (2021) tomasse a dianteira e se tornasse uma aposta quase segura. Pois, a zebra que se tornou favorito garantiu a estatueta de Melhor Filme, no que para muitos é um daqueles grandes equívocos dos membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles. O remake do francês A Família Bélier (2014), que já tinha vencido o Festival de Sundance, levou para casa ainda o prêmio de Ator Coadjuvante (Troy Kotsur) e Roteiro Adaptado (Siân Heder). Ataque dos Cães não saiu de mãos abanando porque garantiu a estatueta de Melhor Direção a Jane Campion, aliás, a primeira vez na história do Oscar que mulheres ganham em anos seguidos o Oscar dessa categoria – no ano passado Chloé Zhao venceu por Nomadland (2020). Em termos quantitativos, Duna foi vencedor da noite, com seis estatuetas, a maioria em categorias técnicas. Mas, sem dúvida, o grande destaque desse 94º Oscar foi a treta envolvendo a piada de mal gosto de Chris Rock sobre Jada Pinkett-Smith e a inesperada reação do marido dela, Will Smith, que simplesmente subiu no palco e estapeou Chris Rock, num episódio certamente lamentável de violência. Para saber mais sobre isso, leia a nossa análise logo abaixo. Sem mais delongas, confira a lista completa com os vencedores do Oscar 2022.

LEIA MAIS
Oscar 2022 :: A celebração da mediocridade

 

MELHOR FILME
No Ritmo do Coração (Philippe Rousselet, Fabrice Gianfermi, Patrick Wachsberger)

MELHOR DIREÇÃO
Jane Campion, por Ataque dos Cães

MELHOR ATRIZ
Jessica Chastain, por Os Olhos de Tammy Faye

MELHOR ATOR
Will Smith, por King Richard: Criando Campeãs

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Ariana DeBose, por Amor, Sublime Amor

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Troy Kotsur, por No Ritmo do Coração

Troy Kotsur: o primeiro ator surdo a vencer um Oscar

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Belfast, de Kenneth Branagh

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
No Ritmo do Coração, de Siân Heder

MELHOR FOTOGRAFIA
Duna, de Greig Fraser

MELHOR MONTAGEM
Duna, de Joe Walker

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO
Duna, de Patrick Vermette, Zsuzsanna Sipos

MELHOR FIGURINO
Cruella, de Jenny Beavan

MELHOR MAQUIAGEM E CABELOS
Os Olhos de Tammy Faye, de Linda Dowds, Stephanie Ingram, Justin Raleigh

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
“No Time to Die”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell – 007: Sem Tempo Para Morrer

MELHOR TRILHA SONORA
Duna, de Hans Zimmer

MELHOR SOM
Duna, de Mac Ruth, Mark Mangini, Theo Green, Doug Hemphill, Ron Bartlett

MELHORES EFEITOS VISUAIS
Duna, de Paul Lambert, Tristan Myles, Brian Connor, Gerd Nefzer

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Drive my Car (Japão)

MELHOR LONGA DE ANIMAÇÃO
Encanto

Ariana DeBose: a primeira artista negra e queer a ganhar um Oscar

MELHOR LONGA DOCUMENTÁRIO
Summer of Soul

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO
The Windshield Wiper

MELHOR CURTA-METRAGEM (live-action)
The Long Goodbye

MELHOR CURTA DOCUMENTÁRIO
The Queen of Basketball

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *