Essa é uma categoria confusa, que sempre pode resultar em surpresa na hora da abertura do envelope. Para se ter ideia, há alguns anos ela era dividida em duas: Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som. Agora, chamada apenas de “Melhor Som”, possui três grandes premiações importantes enquanto precursoras: a Motion Picture Sound Editors, a Cinema Audio Society e a Association of Motion Picture Sound. E adivinha qual dos cinco concorrentes abaixo ganhou as três disputas? Pois bem, se por um lado parece ser simples apontar um favorito, escolher um “azarão” – ou seja, aquele que pode surpreender no último minuto – parece bem mais difícil, pois todos os demais concorrentes (quer dizer, quase todos) parecem ter condições iguais de angariar votos de simpatia aos 45 do segundo tempo. Será que teremos um resultado inesperado? Ou as previsões irão se confirmar? Confira as nossas apostas!
INDICADOS
- Belfast, de Denise Yarde, Simon Chase, James Mather, Niv Adiri
- Duna, de Mac Ruth, Mark Mangini, Theo Green, Doug Hemphill, Ron Bartlett
- 007: Sem Tempo Para Morrer, de Simon Hayes, Oliver Tarney, James Harrison, Paul Massey, Mark Taylor
- Ataque dos Cães, de Richard Flynn, Robert Mackenzie, Tara Webb
- Amor, Sublime Amor, de Tod A. Maitland, Gary Rydstrom, Brian Chumney, Andy Nelson, Shawn Murphy
FAVORITO
Duna
Esse é o grande favorito. O time por trás da área de Som do filme de Denis Villeneuve ganhou todos os prêmios que importavam nesta temporada: a AMPS (como “excelência em som em longa-metragem”), a CAS (em “cinema – live action”) e a MPSE (em “excelência em edição de som em longa-metragem – efeitos sonoros”). Além disso, levou também o Bafta, o prêmio da Associação de Jornalistas de Cinema Latino-americanos, do Music City Film Critics Association, da Online Film & Television Association, da Online Film Critics Society e o troféu dos críticos de Minnesota, Dakota do Norte, de Portland, San Diego e da Carolina do Norte. Ou seja, Duna só não leva mais essa pra casa caso uma tragédia aconteça. Assim, mesmo com poucas chances na categoria principal, este título tem tudo para ser o mais premiado do ano, conquistando cinco – ou até seis – das dez indicações recebidas! Um belo resultado, hein?
AZARÃO
Amor, Sublime Amor
Com sete indicações ao Oscar – é um dos títulos com maior número de nominações deste ano, atrás apenas de Ataque dos Cães e Duna – o musical de Steven Spielberg tem chances fortes de vitória apenas em uma categoria (Atriz Coadjuvante). Mas “não tá morto quem peleia’, como diz o ditado. Assim, se houver alguma surpresa, essa parece ser uma boa possibilidade. Afinal, como dito acima, trata-se de um “musical” – e filmes do gênero precisam, de partida, ter muito cuidado no trabalho sonoro – e o resultado que alcançam foi lembrado em muitas premiações, como no Bafta, na AMPS, na CAS, no International Online Cinema Awards, Online Film & Television Association, e pelos críticos latinos, de Detroit, Minnesota, Carolina do Norte, Dakota do Norte e Portland. Não é uma aposta segura, tudo bem. Mas, caso ganhe, será mais do que merecido.
NEGAÇÃO
Belfast
Se 007: Sem Tempo Para Morrer também foi lembrado por todos os precursores relevantes, e Ataque dos Cães tem a seu favor o campeão de indicações do ano, como que Belfast veio parar nessa seleção? Todos os profissionais desse time estão indicados ao Oscar pela primeira vez – com exceção de Niv Adiri, que ganhou em “Mixagem de Som” por Gravidade (2013). Nessa temporada, no entanto, até foram lembrados pela AMPS e pela MPSE, mas foram ignorados pela CAS, por todas as associações regionais de críticos e até mesmo no Bafta – e isso que se trata de uma produção britânica! Ou seja, é certo que essa foi uma indicação de prestígio, que atesta a popularidade de Kenneth Branagh (o diretor) e do filme junto aos membros da Academia. Mas não muito mais do que isso – e, certamente, com chances mínimas de vitória.
ESQUECIDO
Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
Indicado em apenas uma categoria – Melhores Efeitos Visuais – Homem-Aranha: Sem Volta para Casa é um dos filmes de maior bilheteria de todos os tempos (mais de US$ 1,8 bilhão) e vem sendo apontado por muitos como o título responsável por ter “salvado o cinema pós-pandemia”. Ou seja, méritos relevantes certamente estão envolvidos, e esta não é uma produção que possa passar desapercebida. O trabalho da equipe de Som, para se ter uma ideia, foi lembrado pelos votantes da Cinema Audio Society e da Motion Picture Sound Editors, além de ter aparecido também nas listas dos críticos do Havaí, na Online Film & Television Association e na Music City Film Critics Association. Se tivesse marcado presença também no Oscar, certamente faria bonito – bom, ao menos mais do que alguns dos que foram, de fato, indicados,
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