O longa-metragem Mignonnes (2020), que chegou recentemente de modo global ao catálogo da Netflix, continua gerando uma série de controvérsias mundo afora. Mas, claro, isso também aumentou a procura por ele na plataforma. De acordo com uma pesquisa conduzida pela norte-americana Screen Engine/ASI, a maioria dos espectadores estadunidenses que afirmou ter assistido ao filme entre 18 e 20 de setembro disse que foi motivada pela polêmica em torno de uma suposta sexualização de menores dentro de um contexto de amadurecimento. O ambiente eleitoral dos Estados Unidos está repleto de candidatos ultraconservadores pregando publicamente que o filme seja banido da Netflix. Fazem coro a eles, obviamente, os grupos religiosos. No Brasil, O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos humanos divulgou nesta segunda-feira, 21, uma nota oficial indicando a suspensão do filme no Brasil.
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“Crianças e adolescentes são o bem mais precioso da nação e o mais vulnerável. É interesse de todos nós botarmos freio em conteúdos que coloquem as crianças em risco ou as exponham à erotização precoce. O governo do presidente Jair Bolsonaro não vai ficar parado nessa luta. Vamos tomar todas as medidas judiciais cabíveis. A nossa luta é para direitos humanos para todas as crianças do Brasil”, diz a ministra Damares Alves em nota. A controvérsia teve início quando a Netflix divulgou um cartaz com uma pré-adolescente em pose provocativa, substituindo então a arte original que mostrava as meninas fazendo compras.
Já a diretora de Mignonnes, a francesa de origem senegalesa Maïmouna Doucouré, se defendeu das polêmicas: “Escrevi o filme depois de passar um ano e meio entrevistando garotas pré-adolescentes, tentando entender sua noção do que era feminilidade e como as redes sociais estavam afetando essa ideia (…) Recebi inúmeros ataques de pessoas que não assistiram ao filme, que pensaram que eu estava realmente fazendo algo com hipersexualização de crianças”, disse ela ao Deadline. E você, já assistiu? O que acha?
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