Talvez pelo gigantismo, outro tanto pelas restrições impostas desde o começo de 2020 pela pandemia da Covid-19, mas fato é que Francis Ford Coppola ainda não conseguiu tirar do papel um de seus projetos mais ambiciosos. Foi em 2019 a última vez em que falamos de Megalopolis, esse roteiro há muito tempo já pronto. Naquela época, ele estava esperançoso de começar a rodar logo. Pelas informações da imprensa norte-americana, sonhava com um time de peso para compor o elenco. Muita água rolou por debaixo da ponte, mas ao que tudo indica agora os planos vão voltar a caminhar de vento em popa. Segundo o site estadunidense Deadline, Coppola tem conversas adiantadas com muita gente conhecida para fazer parte desse projeto descrito como tão enorme quanto Apocalypse Now (1979) – a gente só espera que os trabalhos sejam menos conturbados e que o diretor não sofra tantos contratempos.

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Coppola estaria discutindo papéis com Oscar Isaac, Forest Whitaker, Cate Blanchett e Jon Voight. Consta que ele também procurou Zendaya, Michelle Pfeiffer, Jessica Lange e que, em breve, terá uma reunião com James Caan. No agora quase longínquo abril de 2019, falava-se muito que Jude Law seria uma aposta segura para o projeto. Atualmente está sendo finalizado o orçamento (algo entre US$ 100 e 120 milhões) e pensado como será feito o financiamento. Em Megalopolis um arquiteto tenta criar uma cidade utópica, partindo de Nova Iorque, algo confrontando pelo olhar conservador do então prefeito da Big Apple. Em 2019 ele tinha falado o seguinte sobre a empreitada gigantesca: “Venho ambicionando esse projeto há tempos. Desejo utilizar tudo que aprendi durante a minha longa carreira, que começou quando eu tinha 16 anos, no teatro. Será uma produção em grande escala, com elenco numeroso, beneficiado por meus anos fazendo filmes de gêneros diferentes, culminando na busca por minha voz como criador. Embora seja algo grande, não está alinhado com o mainstream atual”, disse o cineasta. Expectativa pouca é bobagem.


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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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