20221221 pedro paulo rangel papo de cinema

Presença constante na televisão brasileira das últimas décadas, o ator Pedro Paulo Rangel morreu nesta quarta-feira, 21, depois de quase um mês de internação para tratar de um enfisema pulmonar. Ele estava desde o dia 30 de novembro num hospital situado na zona sul do Rio de Janeiro e não resistiu ao agravamento do seu quadro de saúde. Nascido em 1948 na zona norte da Cidade Maravilhosa, Pedro Paulo Rangel se envolveu com o teatro ainda na infância. A paixão pela representação cresceu rapidamente, ao ponto de ele ainda na adolescência escrever a sua primeira peça teatral: Quando os Pais Entram de Férias. Mais tarde, cursou interpretação na atual Escola de Teatro da Universidade Federal do RJ. Rangel estreou profissionalmente na peça Roda Viva, de Chico Buarque, em 1968. Não demorou para a televisão perceber os seus talento e carisma. Já em 1969, o ator estreou na televisão, antes na TV Tupi e depois na Rede Globo. Seu primeiro destaque na telinha foi como o Juca Viana da novela Gabriela (1975), na qual foi inovador: ele protagonizou o primeiro nu masculino numa telenovela brasileira.

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Pedro Paulo Rangel também se destacou em programas humorísticos. Ele foi figura fundamental em Viva o Gordo (1982) e na segunda temporada de TV Pirata (1988). Os anos 1990 marcariam ainda um de seus papeis mais famosos na TV, o Adamastor de Pedra Sobre Pedra (1992). No cinema, Rangel faz seu primeiro filme em 1970, chamado Orgia ou O Homem Que Deu Cria (1970). Ao longo da carreira, fez 13 filmes, entre eles O Beijo no Asfalto (1981), O Coronel e o Lobisomem (2005) – pelo qual foi indicado ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro na categoria Melhor Ator Coadjuvante -, Som e Fúria: O Filme (2009) e O Concurso (2013). Venceu o troféu Calango no Festival de Brasília de Melhor Ator em Curta-metragem por Cego e Amigo Gedeão à Beira da Estrada (2002).

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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