Depois de quatro anos muito difíceis, assumindo políticas que soavam mais como uma forma de retardar do que de fomentar o audiovisual brasileiro, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) parece que realmente está preparando um retorno triunfal aos bons tempos. Depois de sinalizar o rompimento de um acordo considerado ilegal por seus servidores e a criação de um grupo para regulamentar o streaming no Brasil (sobre essas pautas, ler mais nas notícias relacionadas abaixo), a agência está prevendo um investimento de R$ 250 milhões no primeiro trimestre de 2023. O dinheiro faz parte dos orçamentos de 2021 e 2022 para o setor audiovisual, ou seja, estava represado.

LEIA MAIS
Ancine criará grupo para discutir regulamentação do streaming no Brasil
Segundo jornalista, Ancine romperá acordo polêmico com representante dos estúdios de Hollywood
Ancine cobra prestação de contas em filme de Cacá Diegues de 16 anos atrás

A Ancine lançará um edital de R$ 163 milhões para a área de cinema no fim de janeiro e em maio um que prevê cerca de R$ 90 milhões para séries e outras produções voltadas à TV. Já entre janeiro e março, mês este em que a entidade se reunirá para aprovar o orçamento de 2023, serão anunciados os resultados de nove editais que também representarão um investimento fundamental ao setor. De acordo com informações da própria Ancine, o valor total chega a R$ 645 milhões. E é bem provável que esse valor aumente em virtude do retorno da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine), imposto que financia o Fundo Setorial de Audiovisual, pago pelas concessionárias, permissionárias e autorizadas de serviços de telecomunicações que prestam serviços que se utilizem de meios que possam distribuir conteúdos audiovisuais.

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
avatar
Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
avatar

Últimos artigos deMarcelo Müller (Ver Tudo)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *