Crítica
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Sinopse
Crítica
Clark (Chevy Chase) apenas queria passar bons momentos numa típica viagem de férias em família. Sempre muito ocupado no trabalho, ele vê os filhos crescerem ao largo de sua atenção e, então, decide pegar o carro novo e praticamente atravessar os Estados Unidos para alguns dias de diversão no The Wally World, uma propositalmente mal disfarçada versão genérica da Disney. As adversidades surgem já ao buscar o automóvel na revenda, pois a encomenda do modelo esportivo não se concretiza e ele precisa se contentar com um daqueles bizarros exemplares estadunidenses com partes de madeira nas laterais. Mas férias são férias, e Clark é o primeiro a não esmorecer frente aos problemas, afinal de contas, importante é família reunida, sem relógios-ponto nem horários pré-determinados para fazer isto ou aquilo.
Mal sabe ele que as próximas duas semanas guardam diversas armadilhas responsáveis por transformar seu idílio familiar num pesadelo constante. A começar pela visita aos parentes da mulher. Não bastasse o tempo de convivência com aquela gente estranha, bem arquetípica do interior americano, ele ainda “herda” a Tia Edna, senhora tão chata quanto o cachorro de estimação que, certamente, embarca junto na sequência da viagem dos Griswold. Cada parada, não importa onde for, expõe dificuldades, desde as programadas, como o vislumbre das ruínas do velho oeste, até as imprevistas, tal o acidente num local ermo, este mais parecido com os descampados tão bem utilizados por John Ford nos westerns do passado. Mas Clark segue firme o intuito de proporcionar instantes felizes aos seus.
Férias Frustradas é dirigido por Harold Ramis, mais conhecido por ter interpretado o Dr. Egon nos filmes da saga Caça-Fantasmas, e roteirizado por John Hughes, por sua vez, diretor de Curtindo a Vida Adoidado (1986) e Clube dos Cinco (1985), entre outros clássicos dos anos 1980. Quem sabe até mais por influência do último, ou seja, neste caso da escrita, é tão divertido e espirituoso, repleto de momentos nonsense e inverossímeis apenas pela sucessão absurda em que ocorrem, mas bem críveis, sobretudo aos que já tentaram fazer uma dessas viagens de “descanso”, percorrendo grandes distâncias de automóvel em meio a energia infindável das crianças, a ranzinzice daquela tia sempre tão mal-humorada e o próprio cansaço diminuindo o ímpeto lá do início.
Na época um astro, Chevy Chase interpreta o protagonista, esse homem classe média, disposto a fazer tudo certo, mas tragado por eventos alheios ao seu controle, e, com isso, gradativamente perdendo ele próprio a direção. A bem da verdade, quase não existem mais comediantes do calibre de Chase, cujo timming cômico parece dom gravado em DNA. Ele é um dos grandes responsáveis por fazer de Férias Frustradas algo muito divertido de ver. Seja flertando com a modelo na direção do esportivo vermelho estrada afora ou tentando consertar suas próprias “certezas” na jornada, ele é tão simpático que nos flagramos na torcida pela ocorrência do final feliz em The Wally Word. E ele vem, bem à moda dos Griswold, mas vem, para nossa alegria.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Marcelo Müller | 8 |
Chico Fireman | 7 |
Francisco Russo | 7 |
MÉDIA | 7.3 |
Valeu, Carol. Acompanhar Chevy Chase e família de férias é uma das coisas mais divertidas que o cinema americano dos anos 1980 nos deixou. Beijos
Recordar é viver!! rs Muito legal seu texto Marcelo.