Crítica
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Sinopse
A era glacial está chegando ao fim e, com isso, surge em todo lugar gêiseres e parques aquáticos. O mamute Manfred, o tigre Diego e o bicho-preguiça Sid descobrem que toneladas de gelo estão prestes a derreter, o que inundaria o vale onde moram. Com isso, o trio de amigos precisa correr para avisar a todos do perigo e ainda encontrar um novo local em que não corram riscos.
Crítica
Qual a explicação para o sucesso da saga A Era do Gelo? Os roteiros são pouco originais, a animação em particular – feita pelo estúdio Blue Sky, da Fox – não difere drasticamente de nenhum dos concorrentes, como a Pixar (Wall-E, 2008) e a Dreamworks (Kung Fu Panda, 2008) e seus realizadores, o norte-americano Chris Wedge (diretor do primeiro filme e produtor do segundo) e o brasileiro Carlos Saldanha (co-diretor do anterior e diretor desta seqüência), não possuem uma longa tradição em longas-metragens – ambos debutaram nestes trabalhos. Mesmo assim, os dois filmes arrecadaram milhões ao redor do mundo: o de 2002 faturou quase US$ 400 milhões em todo o mundo, enquanto que A Era do Gelo 2, que estreou simultaneamente em diversos países, como Estados Unidos e Brasil, ultrapassou a marca dos US$ 650 milhões mundiais (contra um orçamento total de US$ 80 milhões). E o sucesso não se restringe apenas aos números.
Afinal, precisamos falar também do reconhecimento crítico: A Era do Gelo (2002) disputou o Oscar como Melhor Longa de Animação (perdeu para o japonês A Viagem de Chihiro, 2001). Essa sequência, seguindo a mesma lógica, chegou aos cinemas recebendo diversos elogios da crítica especializada. Mas, afinal, estes resultados se justificam qualitativamente? Em parte, sim. O grande charme de A Era do Gelo, tanto este quanto o outro, são seus personagens, simpáticos, irônicos, debochados, sarcásticos, bem-humorados e dotados de uma personalidade muito própria. Eles são muito maiores do que a história que carregam. Afinal, quantos lembram da trama do primeiro filme (era sobre devolver um bebê humano a sua família)?
O mesmo acontece nesta segunda aventura. Como anuncia o subtítulo original, “O Degelo”, a ‘era do gelo’ está no fim, e com isso o descongelamento das gigantescas geleiras. O vale onde os animais habitam está prestes a ser inundado, e eles precisam, com urgência, achar outro lugar para viver. Neste caminho, a trupe de amigos formada pelo mamute Manfred, pelo tigre dentes-de-sabre Diego e pela preguiça Sid vai se deparar com outro grupo bem original: a também mamute Ellie (que vai desmistificar o boato de que esta espécie estaria em extinção) e dois gambás, Eddie e Crash, que a tratam como irmã – e o pior, ela também acredita nesta teoria. Fazê-la acreditar que é, na verdade, um animal de outra espécie, e que somente juntos poderão sobreviver, passa a ser a missão de todos.
Que Fernando Meirelles ou Walter Salles! O grande cineasta brasileiro no exterior é, sem dúvidas, Carlos Saldanha. Carioca do Rio de Janeiro, ele mostra em A Era do Gelo 2 que é um realizador do primeiro time da animação mundial. A boa recepção recebida por este segundo episódio confirmou qualquer expectativa. Apesar da estrutura dramática ser por demais convencional – é uma espécie de Dinossauro (2000), da Disney, com pitadas de Procurando Nemo (2003) e Shrek 2 (2004) – sem apresentar nada de muito inédito, a habilidade do diretor em conduzir sua história e em desenvolver seus personagens se destaca com primor. Todos possuem seus momentos, e a alternância entre musicais, suspense, drama e romance serve para conquistar e entreter desde a criança até o adulto. E, claro, a decisão em abrir ainda mais espaço para o esquilo Scrat e sua busca por uma noz tão desejada não tinha como ser equivocada!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 7 |
Chico Fireman | 5 |
Thomas Boeira | 6 |
Bianca Zasso | 7 |
Roberto Cunha | 7 |
MÉDIA | 5 |
gostei
Gostei mais ou menos.