O acordo entre a Sony e Marvel permitiu que, finalmente, o Homem-Aranha entrasse para o time dos Vingadores. Após o debute em Capitão América: Guerra Civil (2016), no qual simbolicamente roubou a cena e, literalmente, o escudo do Capitão América, o novo Peter Parker ganhou um filme solo para chamar de seu. Tom Holland assumiu a responsabilidade e esbanjou carisma desde a primeira aparição, trazendo à baila um protagonista adolescente, assim bem distante da versão adulta de Tobey Maguire. Jon Watts foi escalado para dirigir Homem-Aranha: De Volta ao Lar, enchendo o filme de referências às obras do cineasta conterrâneo John Hughes, especificamente Clube dos Cinco (1985) e Curtindo a Vida Adoidado (1986). Outro grande destaque do filme, além da abordagem das questões concernentes à adolescência, é o vilão Abutre, vivido por Michael Keaton, considerado por muitos um dos mais densos do Universo Cinematográfico Marvel. Tony Stark (Robert Downey Jr.) faz às vezes de mentor desse moleque que ainda não sabe bem como utilizar seus poderes e assumir as responsabilidades. Uma produção que mescla de forma competente a aventura, a comédia e o drama, oferecendo uma bem-vinda renovação à franquia.
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.