Peter Parker (Tom Holland) precisa crescer, especialmente após os eventos de Vingadores: Ultimato (2019), cujas implicações incluem a dramática e determinante morte do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.). O garoto, então, não pode mais ser somente um coadjuvante, um apoio aos super-heróis veteranos. A ele é solicitado que assuma o protagonismo, mas como fazer isso numa fase de preocupação com a garota amada e a afirmação de si como adulto? Homem-Aranha: Longe de Casa aborda tudo isso em meio ao surgimento da ameaça global dos Elementais, seres feitos essencialmente dos quatro elementos da natureza. O aparecimento de Mysterio (Jake Gyllenhaal) abre a possibilidade de um multiverso e de outra pessoa assumir o lugar de mentor a quem tanto Peter sente necessidade de reportar-se. Um verdadeiro tour pela Europa desloca a ação de Nova Iorque para o Velho Continente, pelas paisagens bucólicas de Veneza, por exemplo. Ainda que não seja tão bem-sucedido como seu antecessor, o filme é bastante coerente com o processo de desenvolvimento do heroísmo de Peter, além de, nas cenas pós-créditos, apontar a uma possível calamidade que deve complicar seu tão conturbadoama amadurecimento.
:: Média 6,7 ::

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.