A premiação do sindicato da categoria, o Make-Up Artists & Hair Stylists Guild Awards, tem nada mais, nada menos do que cinco categorias dedicadas às produções cinematográficas. Destas, três foram vencidas pelo mesmo filme – e que também está listado entre os cinco indicados aqui. Ou seja, fácil afirmar qual é o favorito para levar o Oscar para casa, certo? As outras duas disputas foram vencidas por títulos diferentes, um que também chegou ao prêmio da Academia (será o nosso azarão?) e um último que acabou ficando de fora desta seleção – obviamente, o grande esnobado do ano, certo? De acordo com tal ótica, confira quais são as nossas apostas na categoria de Melhor Maquiagem e Cabelos!

Indicados

 

FAVORITO
O Escândalo
Com apenas três indicações ao Oscar – muitos chegaram a cogitar que disputaria até a Melhor Filme –, o longa de Jay Roach tem sua maior chance de vitória por aqui. Afinal, das três indicações que recebeu no MUA&HSGA, conseguiu o feito de ter 100% de aproveitamento: ganhou como Melhor Maquiagem em Efeitos Especiais, Hair Styling em Filme Contemporâneo e Maquiagem em Filme Contemporâneo. Além disso, foi premiado nessa categoria também no Bafta e no Critics Choice. Vale lembrar-se dos troféus recebidos nas premiações dos críticos de Chicago, dos Críticos Latinos e no Hollywood Critics Association. Como se percebe, a transformação enfrentada por estrelas como Charlize Theron, John Lithgow e Nicole Kidman não foi em vão, e deverá recompensar o trabalho de Kazu Hiro (quarta indicação, premiado por O Destino de uma Nação, 2018), Anne Morgan e Vivian Baker (ambas em suas primeiras indicações) com a tão sonhada estatueta dourada!

 

AZARÃO
Coringa
Esta é a primeira indicação ao Oscar tanto de Nicki Ledermann como de Kay Georgiou. As duas, no entanto, foram indicadas ao Bafta, ao Hollywood Critics Association, ao Online Film & Television Association e à Associação de Jornalistas Latinos de Entretenimento, o que deixou seus nomes em alta nesta temporada. Porém, ainda mais importante, foi o troféu recebido no Hollywood Makeup Artist and Hair Stylist Guild Awards, na categoria de Melhor Maquiagem em Filme de Época! Será garantia de vitória? É pouco provável, mas o que seria do mais temido inimigo do Batman não fosse a sua icônica maquiagem, aqui recriada numa concepção visual ainda mais trágica e perturbadora?

 

SEM CHANCES
1917
Das 9 indicações que 1917 recebeu no Bafta, ele só perdeu em duas categorias – foi o grande vencedor do ano – e Maquiagem & Cabelos foi uma delas. Sem falar que o trabalho de Naomi Donne, Tristan Versluis e Rebecca Cole só foi reconhecido nestas duas premiações – lá e aqui – e em mais nenhum outro lugar! Os três, aliás, estão concorrendo ao Oscar pela primeira vez, e se o que entregam está de acordo com a excelência de todo o projeto, também pouco se destaca diante de tantos outros quesitos técnicos muito mais impressionantes, como a direção, fotografia, trilha sonora e montagem, por exemplo. No embalo das 10 indicações que o filme recebeu, até se entende como essa pode ter ido junto, mas sob um olhar mais crítico, a mesma avaliação não se sustenta por muito tempo.

 

ESQUECIDO
Anne Nosh Oldham, Elaine Browne e Mark Pilcher, por Downton Abbey
Das inacreditáveis cinco categorias dedicadas às produções cinematográficas do Make-Up Artists & Hair Stylists Guild Awards, o único dos premiados que não chegou ao Oscar foi, justamente, Downton Abbey, que ganhou como Melhor Hair Styling em Filme de Época. E o longa baseado na popular série de televisão bateu concorrentes que chegara até a maior festa do cinema mundial, como Malévola: Dona do Mal (aqui também indicada), Era uma vez em… Hollywood e Rocketman! O que deixa claro que, ao menos entre os colegas, o trabalho de Anne Nosh Oldham, Elaine Browne e Mark Pilcher tinha apoio suficiente para figurar entre os melhores do ano. Algo que seria bastante merecido, aliás.

:: Confira aqui tudo sobre o Oscar 2020 ::

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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