O meio mais seguro para tentar prever quem irá se dar bem nessa categoria, é observar o resultado da premiação do sindicato – ou seja, os vencedores do Costume Designers Guild Awards! Neste ano, três filmes foram escolhidos – e apenas um deles está indicado ao Oscar! Ou seja, fica meio fácil adivinhar quem irá levar a cobiçada estatueta dourada para casa, não é mesmo? Ainda mais se levarmos em conta que, dos cinco finalistas, apenas dois foram lembrados entre os 15 indicados no CDGA! Surpreendente, não é mesmo? Outro fator que chama atenção é que todos os concorrentes são produções de época, o que acabou deixando de fora excelentes trabalhos tanto de tramas contemporâneas como de ficção científica ou fantasia! Confira a seguir as nossas apostas na categoria de Melhor Figurino!
Indicados
- O Irlandês, de Sandy Powell, Christopher Peterson
- Jojo Rabbit, de Mayes C. Rubeo
- Coringa, de Mark Bridges
- Adoráveis Mulheres, de Jacqueline Durran
- Era uma Vez em…Hollywood, de Arianne Phillips
FAVORITO
Mayes C. Rubeo, por Jojo Rabbit
Em sua primeira indicação ao Oscar, Mayes C. Rubeo desponta como a favorita por ter conquistado o prêmio do Sindicato dos Figurinistas de Hollywood. Foi sua quarta indicação, após ter concorrido pela minissérie Fidel (2002) e pelos filmes Avatar (2009) – que concorreu em Fantasia – e Thor: Ragnarok (2017) – que disputou em Ficção Científica/Fantasia. Por Jojo Rabbit, um filme de época, ela está indicada também ao Bafta, e no CDGA bateu concorrentes como Meu Nome é Dolemite, Downton Abbey e Rocketman, além de Era uma vez em… Hollywood, o único que também conseguiu chegar ao prêmio da Academia. Rubeo não apenas surpreende ao recriar os uniformes nazistas da Segunda Guerra Mundial, mas também ao trabalhar as cores (e as ausências delas) nas vestimentas de personagens como o protagonista Roman Griffin Davis e Scarlett Johansson, que concorre a Melhor Atriz Coadjuvante.
AZARÃO
Arianne Phillips, por Era uma vez em… Hollywood
O Irlandês, Coringa e Adoráveis Mulheres não conseguiram indicação ao prêmio do Sindicato dos Figurinistas. Ou seja, se não foram reconhecidos pelos próprios colegas, será que conseguirão maior destaque entre os demais membros da Academia? Assim, Arianne Phillips, em sua terceira indicação, pode ter melhor sorte. Após ter concorrido por Johnny & June (2005) e por W.E.: O Romance do Século (2011), disputa nesse ano também o Bafta, além de ter concorrido ao Critics Choice, ao prêmio dos críticos de Chicago, Havaí, San Diego e Seattle. Era uma vez em… Hollywood é uma trama de época, sim, mas uma não tão distante – se passa no final dos anos 1960. Ou seja, muita gente ainda se lembra de como era e como se vestiam. Por isso que o trabalho de criação de Phillips foi tão importante, pois não apenas recriam visual icônicos, como também os adaptaram à perfeição a uma história bombástica.
SEM CHANCES
Christopher Peterson e Sandy Powell, por O Irlandês
Christopher Peterson pode ser um novato – essa é sua primeira indicação – mas Sandy Powell é uma das maiores veteranas da área – está na sua décima quinta indicação, e já ganhou em três ocasiões (Shakespeare Apaixonado, 1999, O Aviador, 2004, e A Jovem Rainha Vitória, 2009). Por O Irlandês, a dupla disputou o Bafta e o Critics Choice, mas entre os críticos foram lembrados apenas na associação do Havaí! Com nenhuma vitória que lhe sirva de impulso e após ter sido ignorado pela Costume Designers Guild Awards, os dois tiveram as chances diminuídas a quase zero! Só o prestígio de estarem assinando um longa de Martin Scorsese é que parece ter sido o bastante para os colocarem nessa posição de destaque entre os finalistas!
ESQUECIDO
Jenny Eagan, por Entre Facas e Segredos
Alguns podem dizer que o grande esnobado foi Meu Nome é Dolemite, premiado no Critics Choice – e indicado ao CDGA – mas os esquecidos de verdade foram os outros dois premiados do Sindicato dos Figurinistas que ficaram de fora. E se Malévola: Dona do Mal (premiado como Melhor Figurino de Filme de Ficção Científica/Fantasia) parece forçar um pouco a barra (afinal, o que apresenta de diferença em relação ao longa anterior?), a ausência de Entre Facas e Segredos (premiado como Melhor Figurino em Filme Contemporâneo) é mais revoltante! Jenny Eagan ganhou seu terceiro troféu no CDGA – foi premiada antes pela série True Detective (2014-) e pelo drama Beasts of No Nation (2015) – e assinou produções de sucesso, como Truque de Mestre (2013) e As Viúvas (2018). Na comédia detetivesca de Rian Johnson, no entanto, ela brinca com as cores e os visuais de cada personagem de maneira absurdamente inteligente, contribuindo de forma decisiva com a condução da história – e a solução do mistério, por assim dizer!
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