Depois de exibir Medusa (2020) em vários festivais internacionais – entre eles o de Cannes –, a cineasta Anita Rocha da Silveira está se aprontando para a première brasileira do filme, que acontecerá neste domingo, 31, durante a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Na trama do longa-metragem, temos uma realidade que muitos podem considerar distópica. Um grupo de meninas religiosas se esconde atrás de máscaras e espanca mulheres por elas consideradas promíscuas. Há uma lógica religiosa perniciosa entremeando a educação e a vivência dessas meninas ensinadas desde cedo a serem submissas aos homens de suas vidas. Mari (Mari Oliveira) é a protagonista, aquela que parte em busca de uma lenda urbana e acaba encontrando subsídios para questionar toda essa carga de culpas e distorções supostamente com base nas palavras de Deus. Medusa é um filme forte, visualmente bonito, que mistura diversos gêneros e acaba reafirmando a predileção de Anita pelo horror. Para saber um pouco mais da gênese do projeto, bem como para discutir outros aspectos a ele atrelados, conversamos remotamente com Anita Rocha da Silveira antes da estreia brasileira de Medusa. O resultado deste bate-papo você confere agora.
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