Durante muitos anos, Steven Spielberg expressou a sua preocupação com os filmes feitos diretamente para o streaming, que poderiam, em seu ponto de vista, prejudicar a experiência do cinema e do circuito exibidor tradicional. Ele chegou a defender o veto a obras não lançadas nos cinemas na corrida ao Oscar. No entanto, os tempos mudam, e as opiniões também: o diretor e produtor acaba de assinar um contrato com a Netflix, através de sua empresa de produção, a Amblin Partners.

O acordo prevê a criação de “múltiplos filmes” para a plataforma ao longo dos anos, com carta branca em termos de gênero, temática e orçamento, segundo o Hollywood Reporter. Em paralelo, Spielberg mantém o acordo de produção com os estúdios Universal, prevendo lançamentos exclusivos nos cinemas. Este último contrato foi renovado em dezembro de 2020.

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Em comunicado à imprensa, Spielberg expressou: “Este novo caminho para os nossos filmes, junto às histórias que continuamos a contar com a nossa família de longa data da Universal, e com outros parceiros, será incrivelmente satisfatório para mim pessoalmente, por me permitir embarcar nessa jornada com Ted [Sarandos, CEO da Netflix]. Mal posso esperar para começar com ele, Scott, e toda a equipe da Netflix”.

A Amblin Partners foi produtora de filmes premiados nos últimos anos, como Os 7 de Chicago (2020), já em parceria com a Netflix, além de 1917 (2019) e Green Book: O Guia (2018). Em contrapartida, a empresa também se envolveu em projetos malsucedidos como A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (2017) e 7 Dias em Entebbe (2018).

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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