Quase diariamente noticiamos que a indústria cinematográfica brasileira não vive seu melhor momento, isso por conta do descaso com que a cultura é tratada pelo governo federal. Então, o reporte que segue, embora não resolva integralmente os problemas, é um alento em meio a tanta má notícia. Foi anunciado nesta segunda-feira, 18, que o Projeto Paradiso, iniciativa do Instituto Olga Rabinovich que visa fomentar a formação profissional de personagens do audiovisual, firmou uma parceria com o Fundo Hubert Bals, ligado ao Festival de Cinema de Roterdã, para auxiliar na afirmação de cineastas brasileiros no circuito internacional. De acordo com a revista norte-americana Variety, serão destinados 10 mil euros a um o programa de Desenvolvimento de Roteiros e Projetos. Segundo o representante holandês, “o financiamento não será destinado a um projeto específico e só será concedido quando houver pelo menos um filme brasileiro selecionado. Além disso, os bolsistas serão incentivados a compartilhar conhecimentos e habilidades com outros talentos do cinema emergente por meio da rede do Projeto Paradiso, atuando como multiplicadores de experiência dentro da comunidade cinematográfica independente no Brasil”.
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A reportagem do veículo estadunidense reforça que esse incentivo é essencial num momento em que o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) está congelado há praticamente dois anos, o que representa um entrave nocivo para o desenvolvimento de uma indústria que, de acordo com dados da Ancine, a Agência Nacional de Cinema, é a quinta economia do país. Ou seja, nossos mandatários, além de asfixiarem a possibilidade do surgimento de um cenário artístico-cultural ainda mais consistente, depõem contra uma cadeia enorme de profissionais empregados direta e indiretamente com a produção de filmes e séries, assim agravando a enorme crise de desemprego que afeta o Brasil. “Considerando o estado atual das políticas públicas para a indústria do cinema no Brasil, entendemos que é fundamental fortalecer nossa parceria com organizações como o Fundo Hubert Bals, um contribuinte de longa data para o cinema brasileiro”, disse Josephine Bourgois, diretora executiva do Projeto Paradiso.
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