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Um dos grandes repositórios da nossa cultura audiovisual, a Cinemateca Brasileira vem sendo vilipendiada pelo governo Jair Bolsonaro. Descaso, politização de sua existência, enfim, são muitos os imbróglios envolvendo essa instituição que corre (assim como os materiais que preserva) sério risco por falta de cuidados. Nas notícias relacionadas abaixo, um pouco do resumo dessa ópera de contornos trágicos e indignantes. Recentemente, a Justiça Federal emitiu um parecer obrigando a União a comprovar, em até 45 dias, que está trabalhando em prol da Cinemateca, zelando por seu acervo e pela retomada do conselho imprescindível à sua gestão. A decisão foi tomada pelo juiz Marco Aurelio Castrianni, da 1ª Vara Cível Federal de São Paulo, de acordo com o Portal do Exibidor.

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O magistrado também determinou uma visita informal à sede da Cinemateca, que fica na capital paulista, mas sem especificar data e local. Desde o começo de 2020, quando encerrou o contrato com a entidade que geria a instituição, o governo federal vem encontrando (ou criando?) dificuldades para resolver a questão. No início de 2021, foi definido que a gestão emergencialmente ficaria a cargo da Sociedade Amigos da Cinemateca, isso após a intervenção do Ministério Público Federal. No entanto, até o fechamento desta matéria, as autorizações não foram assinadas. É urgente que isso se resolva, principalmente para que nosso patrimônio audiovisual seja preservado e utilizado.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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