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04 dez

Teve fim recentemente o FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema 2023. Idealizado por Minom Pinho, o evento tem como principais objetivos dar visibilidade e premiar obras dirigidas pior mulheres, bem como enfatizar a importância do protagonismo feminino no cinema. E duas produções foram as grandes vencedoras dessa terceira edição: Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo (2023), de Juliana Vicente, eleito o Melhor Filme da Mostra Competitiva, e Até que a Vida nos Separe: Uma Biografia de Nelson Carneiro (2023), de Emilia Silveira, que venceu o prêmio principal da Mostra O Fogo Não Se Apaga, dedicada à obra recente de cinco diretoras brasileiras com 60 anos de idade ou mais. As vencedoras levaram para casa um prêmio de R$ 5 mil. Já o vitorioso da Mostra Todas as Mulheres do Mundo – Curta Kinoforum foi Cenas da Infância (2023), de Kimberly Palermo, que recebeu a finalização de som de seu próximo curta-metragem como prêmio. Todas as vencedoras foram escolhidas por voto popular.

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“Estou muito feliz e honrada por ter conseguido, mais uma vez, iluminar tantos talentos femininos do audiovisual e dar esse pequeno empurrão em direção à equidade de gênero e raça no cinema. Nesta edição, o FIM também chamou a atenção para a necessidade de combatermos o etarismo no setor, tendo o privilégio de celebrar a vida e a obra da eternamente transgressora Helena Ignez”, afirma Minom Pinho.
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Helena Ignez

O encerramento do FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema 2023 foi marcado pela exibição de A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla, em celebração à Helena Ignez, homenageada deste ano. No encerramento também foram conhecidos os 14 projetos de longas ficcionais dirigidos por mulheres que farão parte do programa Mentorias, uma bateria de consultorias com profissionais do mercado. Foram escolhidos: Tentação de Eva, de Rayane Teles (BA); Família, de Britney Federline (RS); Coração de Nego, de Dandara de Morais (PE); Filho Pródigo, de Flávia Vieira (RJ); Meu Irmão, de Luciana Bezerra (RJ); Flor de Laranjeira, de Kaya Rodrigues (RS); Ouvides: A Chave do Desejo, de Michele Saints (SP); Estamos Bem, de Maria Emília Oliveira” (SC); Herança, de Rafaela Uchoa (BA); Estranha Familiar, de Natália Maia (CE); Dois Reais e um Sonho, de Isadora Lis Alves (PA); Sangra, Não Morre, de Vitoria Vasconcellos (PE); Van, de Gabrielle Siqueira (SP/RJ); e A Festa de Carmen, de Amanda Jordão (SP).

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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