Dreamover (2021) abriu nesta terça-feira, 07, a 13ª edição do Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico. E a exibição foi em grande estilo, inclusive com a presença do cineasta russo Roman Olkhovka, ele que além de realizador é também um dos atores dessa ficção científica romântica. O protagonista é um homem entrando na terceira idade que está tentando de tudo para se livrar do pesadelo de estar se afogando. Em busca de noites mais tranquilas, ele recorre a um método obscuro que envolve a troca dos pesadelos por lembranças boas do passado. Nessas jornadas de rememoração, o protagonista (vivido por Roman Olkhovka na fase jovem) toma contato novamente com um amor do passado. “Diferentemente do que faz Michel Gondry em suas produções de fundo e motivação românticos, Roman não demarca limites, assim mantendo uma semelhança visual entre realidade, memória e reprodução. Há pouca ênfase nas fronteiras, talvez para não desviar o foco das inconstâncias desse discurso amoroso que contém pitadas generosas de arrependimento e idealização”, conforme consta na nossa crítica que você pode ler na íntegra aqui.
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O Papo de Cinema conversou breve e remotamente com Roman Olkhovka para saber como foi abrir a 13ª edição do Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico e de que modo ele está encarando a vinda ao Brasil. “Como contei durante a noite de abertura, tive uma influência brasileira na minha paixão pelo cinema de gênero. O Homem do Futuro foi um dos filmes que fizeram com que eu tivesse o desejo de trabalhar com essa linguagem. Mas, na verdade, desde muito cedo tenho interesse por essa linguagem, pois sou fã das sagas De Volta para o Futuro, O Exterminador do Futuro, Na verdade, o meu cineasta favorito de todos os tempos é James Cameron, adoro os seus sci-fi. Mas, especificamente para Dreamover, o O Homem do Futuro foi uma referência muito grande, para mim trouxe algo ímpar no gênero”. Ainda sobre o campo das influências, Roman Olkhovka falou que esse seu filme é uma forma de homenagear Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch, obra pela qual disse ser apaixonado desde quando era um estudante de cinema. Sobre a questão específica da mescla dos gêneros (romance e sci-fi) em Dreamover, Roman nos disse: “A ideia do filme veio de um sonho. Sonhei com uma garota, com esse amor idealizado e comecei a pensar sobre isso de reviver os sonhos. Tive uma curiosidade científica pelo assunto e fui pesquisar. Aí percebi que não há nada nos termos que o filme apresenta, então resolvi escrever uma história sobre isso. Reconheço que o romance prevalece no sonho, até porque o sci-fi veio depois nessa construção”.
“Para mim ainda parece um sonho ter aberto o Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico. Por causa da pandemia, agora parece realmente um sonho realizado estar aqui em São Paulo, exibir no filme na telona e sentir a vibração do público. Ainda mais porque estou no país de O Homem do Futuro, longa que me mostrou um caminho de como contar uma história de amor por meio do sci-fi”, finalizou o russo sobre a sua participação neste que é um dos mais importantes eventos de cinema fantástico da América Latina.
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