20220308 eddie murphy and bill murray papo de cinema
08 mar

Atualmente, o filão dos super-heróis é o mais lucrativo do cinema. Não faltam superproduções com orçamentos tão gigantes quanto as suas expectativas de bilheteria. Mas, nem sempre foi assim. Lá nos anos 1980, quando o Batman nem tinha estreado nas telonas, várias ideias circularam pelos corredores de Hollywood. Algumas delas nos parecem atualmente bizarras – como o Superman de Nicolas Cage – e outras são, no mínimo, curiosas. Antes mesmo de Tim Burton ter começado a franquia do Homem-Morcego nos cinemas, você sabia que chegou a ser discutida uma ideia de Bill Murray e Eddie Murphy interpretarem, respectivamente, Batman e Robin num longa-metragem com abordagem cômica? Isso realmente aconteceu no início dos anos 1980 e o diretor seria Ivan Reitman, aliás antes dele começar outra franquia de sucesso que teria Murray no elenco: a saga Caça-Fantasmas. Numa recente entrevista para o Yahoo, Murray falou um pouco mais sobre essa ideia que rapidamente naufragou.

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“Conversei com Eddie Murphy sobre isso. Mas Eddie queria interpretar o Batman. Então, a conversa foi até aí. Naquela altura, eu não queria ser o Menino Prodígio de ninguém. Talvez muito antes, quando eu era um menino. Mas era tarde demais para isso nos anos 80. Além disso, eu não poderia me ver dentro daquela roupa. Eddie fica muito bem de roxo [alusão a um uniforme de tom mais cômico para o Batman]. Eu fico bem de roxo. Mas, de vermelho e verde, eu pareço um dos duendes do Papai Noel. Havia muita vaidade envolvida na produção. Logo ficou evidente que não ia acontecer”. Bom, o que restou disso foi uma boa história para contar a algo para imaginarmos: como você acha que seria essa versão do Morcegão de Murray com um Robin vivido por Murphy?

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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