Crítica


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Sinopse

Benjamin é obcecado por encontrar um navio há muito desaparecido. Segundo uma lenda, a embarcação carregava 40 arcas contendo grandes tesouros. A contragosto da esposa, ele leva sua filha Gemma nessa aventura.

Crítica

Mais uma comédia romântica chegando aos cinemas. E o que Um Amor de Tesouro tem de especial em relação às anteriores? Absolutamente NADA! É mais do mesmo, sem sombra de dúvidas. Então, por que assisti-la? Bem, talvez você não tenha nada melhor para fazer. Talvez já tenha visto todos os outros filmes em cartaz. Ou talvez queira somente ver Matthew McConaughey sem camisa. Em qualquer um destes casos, apesar de todos os elementos contrários, uma coisa é certa: você irá se divertir!

A trama não poderia ser mais básica: tesouro secular perdido no Caribe é perseguido por casal em crise. Na cola deles há um milionário entediado, uma pseudo-celebridade em busca de ação, um rapper fora-da-lei e o antigo mentor do mocinho. Muita gente pra pouca coisa a ser feita. O que acontece, então? Muitos têm pouco tempo em cena - como o ótimo Ray Winstone, aliás, o que ele faz aqui? - enquanto outros ficam andando de um lado para o outro como se estivessem literalmente perdidos - caso de Donald Sutherland, o pai de Kiefer Sutherland, que deveria se concentrar mais nos ótimos papéis que tem recebido na televisão (Commander in Chief, Dirty Sexy Money) e esquecer de vez o cinema. Para nós, espectadores, resta se divertir com o casal de cozinheiros gays (dá-lhe estereótipo, mas enfim...) ou com os protagonistas, McConaughey e Kate Hudson, que já haviam provado terem química de sobra juntos no inferior Como Perder Um Homem em Dez Dias, e que demonstram claramente estarem aproveitando cada momento de sol, mar e alegria do set de filmagens!

Um Amor de Tesouro recicla vários outros sucessos recentes, a começar, claro, pela trilogia Piratas do Caribe (algumas sequencias são idênticas a outras vistas em O Baú da Morte, o segundo filme da série). O diretor Andy Tennant mostra que tem algum domínio do assunto (no currículo do cara estão Hitch: Conselheiro Amoroso, Doce Lar e Anna e o Rei), apenas se preocupando em criar espaço para seu elenco brilhar. E já que não chega a atrapalhar, já saímos ganhando. É assumidamente cinema-pipoca, e talvez justamente por isso, pela baixa expectativa que gera, é que pode acabar ganhando alguns pontos dos desavisados - como foi meu caso. Entrei no cinema não esperando nada, e ainda levei de lucro algumas risadas e duas horas leves e descompromissadas. Não vai mudar a vida de ninguém, mas cumpre à contento o que promete. E honestidade em Hollywood é algo que deve ser levado em conta, sempre. E, claro, não esqueça: McConaughey está sem camisa!

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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CríticoNota
Robledo Milani
6
Ailton Monteiro
4
MÉDIA
5

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