Crítica


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Sinopse

Diante de um novo ataque de tubarões voadores, Fin Shepard é obrigado a arriscar novamente sua vida.

Crítica

Finley Sheppard (Ian Ziering) é elevado ao posto de análogo a James Bond em uma cena em que um tubarão simula a gun barrel de 007, ainda nos primeiros minutos de Sharknado 3: Oh Não!. Após a suada vitória em Nova York, vista em Sharknado 2: A Segunda Onda (2014), Fin se vê homenageado na Casa Branca pelo presidente americano, ganhando uma serra elétrica dourada e sendo posto acima de alguns dos membros do gabinete oficial por poucos instantes.

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Dessa vez, a calamidade com monstros marinhos acontece sem delongas ou introdução. Simplesmente um vento traz todos os animais para a residência presidencial, que, evidentemente, está preparado para o ataque, visto que possui até uma sala de armas dentro do recinto, evocando os mitológicos e paranoicos exploitations de Chuck Norris e companhia. O escopo de filme despreocupado e escapista aumenta ainda mais quando April (Tara Reid) recebe a notícia de um nova sharknado sem se assustar com a reprise da catástrofe.

Logo, o herói é encontrado por sua antiga conhecida, Nova (Cassandra Scerbo), e seu sidekick, Lucas Stevens (Frankie Muniz), basicamente para estreitar a distância ocorrida entre os dois desde Sharknado (2013), e também para mostrar que o exército e demais forças armadas americanas se prepararam para mais eventos como os ocorridos nos dois episódios anteriores. Sharknado 3: Oh Não! segue com os mesmos defeitos recorrentes apontados pela crítica de cinema costumeira, mas ainda assim possui uma forte carga de ironia, debochando da geração que precisa se fotografar em absolutamente todos os momentos de sua vida.

Fin recebe uma inesperada ajuda de seu pai, Gilbert, vivido por David Hasselhoff, em mais um papel canastrão, como foi em Kung Fury (2015). Dali surge a parceria com a NASA, que o levaria para o espaço a fim de cortar pela raiz o mal do montante de tempestades envolvendo animais marinhos, que teria origem nos confins do universo. O grupo de heróis vai, então, para a borda da atmosfera, não só para lutar com tubarões que são capazes de flutuar fora de órbita, mas também para viver a experiência de levar uma grávida a bordo de um foguete, fator que garante ainda mais emoção e reprise dos momentos importantes de toda a saga.

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O parto ocorre com April não aparentando barriga alguma e em meio ao ataque dos predadores marinhos, em mais um show pirotécnico, atrelando as catástrofes a um fenômeno espacial, o que eleva mais uma vez a franquia a espaços não antes explorados. Sharknado 3: Oh Não! perde um bocado da força e da graça que fazia da série uma contradição entre crítica de cinema e público cativo, ainda conseguindo angariar espectadores ávidos por mais eventos anuais mesclando furacão e animais carnívoros perigosos.

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é Jornalista, Escritor e Editor do site Vortex Cultural (www.vortexcultural.com.br). Quer salvar o mundo, desde que não demore muito e é apaixonado por Cinema, Literatura, Mulheres, Rock and Roll e Psicanalise, não necessariamente nessa ordem.
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