Crítica


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Sinopse

Aristocrata russa, Olga é presa pelos nazistas por esconder crianças judias. Na prisão ela conhece um sujeito que lhe oferece liberdade em troca de favores sexuais. No entanto, ela logo é transferida a um campo de concentração.

Crítica

Ensaio sobre os causos das vítimas da Segunda Guerra Mundial, Paraíso foi filmado sem cores, para evocar tanto o espírito da época quanto a falta de bons sentimentos do drama. Dirigido por Andrei Konchalovskiy, explora a história de três personagens. A primeira é Olga (Yuliya Vysotskaya), uma imigrante aristocrata russa e membro da resistência francesa. Jules (Philippe Duquesne), por sua vez, é o oficial que a conhece a partir do momento em que fica encarregado do caso da moça. E Helmut (Christian Clauss) é um oficial da SS apaixonado por ela há muito tempo.

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O filme se divide entre os depoimentos das três pessoas, como se estivessem em um interrogatório. Além disso, há a dramatização destes momentos contados, em uma mistura diferente do usual em termos de documentário combinado com ficção. O registro busca o clima de denúncia dos infortúnios e sofrimentos causados pelo holocausto. O filme, por fim, referencia também a violência excessiva com resistentes que não tem qualquer força para contra-atacar, bem como a tentativa de favores sexuais femininos para abrandar as penas impostas. O roteiro não chega a ser explícito quanto a isso, e nem explora o tema como alternativa suprema. Pelo contrário, é respeitoso e foge dos clichês comuns ao gênero.

Apesar do ritmo um pouco lento, o aprofundamento dentro da história em Paraíso é totalmente necessário, uma vez que é preciso torcer para cada um dos personagens, apesar de seus defeitos e qualidades. É curioso notar que o mesmo diretor que entregou Tango e Cash: Os Vingadores (1989), e que por isso foi muito mal falado pela crítica de cinema da época, consegue agora trazer um retrato duro de uma época muito complicada a respeito da prática dos direitos humanos mais básicos.

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O desfecho consegue, enfim, explicar o título de Paraíso, em uma artimanha que, se olhada ao final, parece bastante óbvia, mas que ludibria por completo o espectador durante a execução de sua história. Konchalovskiy consegue retratar a desgraça abatida sobre os judeus através de membros alemães de baixo escalão, mostrando que as injustiças ocorridas na Alemanha Nazista vitimaram até entes periféricos da Guerra.

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é Jornalista, Escritor e Editor do site Vortex Cultural (www.vortexcultural.com.br). Quer salvar o mundo, desde que não demore muito e é apaixonado por Cinema, Literatura, Mulheres, Rock and Roll e Psicanalise, não necessariamente nessa ordem.
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Grade crítica

CríticoNota
Filipe Pereira
6
Alysson Oliveira
7
MÉDIA
6.5

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