Crítica
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Sinopse
Susan está prestes a se casar. No dia da cerimônia ela é atingida por um meteorito. A radioatividade do objeto faz com que ela cresça até a altura de 15 metros. Susan é capturada pelo exército e confinada numa base secreta, onde estão alojados outros "monstros": dr. Barata, Elo Perdido, B.O.B. e Insectossauro. Um súbito ataque alienígena faz com que o presidente dos Estados Unidos aceite o plano de libertá-los para que possam combater o novo inimigo.
Crítica
O futuro do cinema está na terceira dimensão. E quem diz isso não sou eu, e sim os fatos: com cada vez mais pessoas fazendo download dos novos filmes pelo computador ou deixando para assistir em casa, no DVD, o que a sala escura pode apresentar de exclusivo? A visão 3D! E um bom exemplo disso é Monstros VS. Alienígenas, nova animação da Dreamworks. Mesmo sem ser tão engraçada quanto os últimos filmes do estúdio, como Kung Fu Panda e Madagascar 2, este longa deve manter o interesse do público justamente pela opção 3D. Aos demais, que assistirem na versão normal, a decepção será quase que natural.
E por que Monstros VS. Alienígenas tem um gosto um tanto amargo? Nem é tanto por ser ruim – o que não é, de forma alguma – mas sim pelo alto nível que as animações tem atingido recentemente. Estão sendo produzidas verdadeiras obras-primas no gênero – quer exemplo melhor do que Wall-E, certamente um dos melhores, senão O melhor, filme de 2008? - e a cada novo longa que surge as expectativas são muito altas. E quando nos deparamos com algo legal, divertido e dinâmico, porém longe de ser fenomenal ou deslumbrante, é praticamente inevitável não se sentir um pouco traído. Como se cada novo longa de animação digital tivesse que ser melhor do que o anterior, e assim por diante.
A trama de Monstros VS. Alienígenas é exatamente o que o título anuncia: uma briga entre monstros que apareceram na Terra nos últimos 50 anos e que são mantidos trancafiados sob segredo pelo governo norte-americano contra extra-terrestres que decidiram invadir o nosso planeta. Os nossos defensores são um cientista maluco transformado em barata, o elo perdido entre os homens e os animais, um insetossauro, uma gosma amorfa e sem cérebro e uma mulher que, após ser atingida por um meteoro, virou gigante. Já os ETs estão por aqui atrás justamente desse elemento químico que provocou tal transformação nela. Quando se encontram, começa a briga entre quem é o mais forte, o mais inteligente e o mais perspicaz. E, no meio disso tudo, as mesmas mensagens de sempre: o valor de uma amizade, a importância da família, os sacrifícios que fazemos em nome de um bem maior, aprender a respeitar os diferentes etc etc etc.
Com várias referências a filmes clássicos de ficção, como Jornada nas Estrelas, Contatos Imediatos de Terceiro Grau e E.T.: O Extraterrestre, curiosamente Monstros VS. Alienígenas encontra mais ressonância numa outra produção do gênero, porém mais recente e, consequentemente, mais irônica e debochada: Marte Ataca! (1996), de Tim Burton. Tudo aqui resulta numa grande palhaçada, sem se levar a sério em nenhum momento. E, o mais curioso, no final das contas, é perceber que o melhor personagem não está nem num lado, nem do outro: é, sim, o próprio presidente dos Estados Unidos, um tipo tão aparvalhado quanto imbecil, que cada vez que entra em cena dispara uma piada atrás da outra, tornando-se tão memorável e precioso quanto os pinguins de Madagascar ou o esquilo de A Era do Gelo!
Maior bilheteria de estreia do ano até o momento, tendo faturado quase US$ 60 milhões só no primeiro final de semana em cartaz nos Estados Unidos, Monstros VS. Alienígenas tem direção da dupla Rob Letterman (O Espanta Tubarões) e Conrad Vernon (Shrek 2). Já o elenco internacional de dubladores, que inclui nomes famosos como Reese Witherspoon, Seth Rogen, Hugh Laurie, Kiefer Sutherland e Renée Zellweger, está quase inacessível aos espectadores brasileiros, já que a tecnologia 3D ainda não permite a utilização de legendas, restando apenas a opção das cópias dubladas em português. É um percalço pequeno, mas que é imediatamente recompensado diante o fantástico visual da terceira dimensão. Afinal, esta é a única forma de se justificar um longa que de outra forma logo cairia no lugar comum e estaria destinado ao esquecimento.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 6 |
Diego Benevides | 7 |
Alysson Oliveira | 6 |
Chico Fireman | 6 |
Cecilia Barroso | 6 |
MÉDIA | 6.2 |
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