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Sinopse

Murtaugh e Riggs agora se juntam a uma outra policial na captura de um oficial corrupto. Porém, Murtaugh tem problemas próprios com a sua família, e ambos os casos não poderão sobreviver juntos.

Crítica

Richard Donner dá prosseguimento às aventuras de Martin Riggs (Mel Gibson) e seu eterno parceiro Roger Murtaugh (Danny Glover), no que é mais uma aventura escapista, descompromissada e divertida, dentro do subgênero de filmes policiais. A música de abertura, It's Probably Me, de Sting, Eric Clapton e Michael Kamen, ajuda a prover o tom mais romântico com que seria conduzido Máquina Mortífera 3, o primeiro da franquia em meio aos anos noventa. O começo ocorre através de um dos clichês da cinessérie, com a dupla tendo de desarmar uma bomba, evento que dá errado e os faz serem rebaixados ao posto de guardas de rua.

A trilha pautada no jazz segue alimentando os momentos de ação, com conduções excelentes de câmera, que mostram as cenas violentas fluindo no ritmo dos solos de saxofone e demais metais. A sempre anunciada aposentadoria de Murtaugh é mais uma vez adiada graças às armadilhas do destino, gerando até certo charme ao aspecto que sempre é encarado pela crítica de cinema como marca registrada das sequências da franquia.

Máquina Mortífera é uma saga sobre envelhecimento e família. Ambos os aspectos são apresentados desde seu primeiro episódio em 1987, sendo ainda mais explorados neste. Apesar do tom jocoso e do acréscimo de Lorna Cole (Rene Russo), basicamente uma artimanha do roteiro para fazer um contraponto feminino a Riggs, há temas pesados propostos em tela, como a incidência enorme de jovens negros no crime organizado, com terríveis consequências para o tira veterano, que se vê culpado por ter alvejado um semelhante que, para piorar, tinha contato direto com seu filho. O roteiro de Jeffrey Boam e Rober Mark Keman segue condizente com todo o esqueleto narrativo que Shane Black construiu, unindo harmoniosamente uma ação fantasiosa, humor tipicamente familiar apoiado em uma direção de atores bastante íntima, estabelecida por Donner.

Os momentos-chave do roteiro são recheados de autorreferências, como nos incêndios, nas competições para notar quem tem mais cicatrizes, nas cenas na banheira, nas piadas e nas maracutaias de Leo Getz (Joe Pesci, finalmente não falando palavrões a cada segundo), adiamentos de aposentadoria etc. Máquina Mortífera 3 se vale da fórmula de sucesso dos seus antecessores, apimentando alguns detalhes com questões mais atuais, seguindo como uma continuação competente de um clássico instantâneo.

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é Jornalista, Escritor e Editor do site Vortex Cultural (www.vortexcultural.com.br). Quer salvar o mundo, desde que não demore muito e é apaixonado por Cinema, Literatura, Mulheres, Rock and Roll e Psicanalise, não necessariamente nessa ordem.
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