Sinopse
Crítica
Caim e Abel digladiam no octógno do MMA, o combinado de artes marciais que virou epidemia entre os amantes de lutas. A aproximação com os personagens bíblicos é óbvia e não original (quem escreveu nestes termos foi o crítico Peter Travers, da revista Rolling Stone), mas resume bem o visto em Guerreiro, mais novo filme do diretor Gavin O’Connor. Seguindo a boa tradição cinematográfica de obras que utilizam o esporte como metáfora (vitórias, derrotas, reviravoltas, etc.), ele se vale do violento mundo das artes marciais mistas como fundo de uma história familiar repleta de encontros, ânsias de perdão, mágoas e tentativas de recomeço. Creio que atenderá tanto à fatia do público que vai buscar na sessão o saciar de sua mais nova febre esportiva, quanto aos amantes do bom cinema. Mas falará principalmente ao segundo grupo.
Tom Hardy (O Espião que Sabia Demais) interpreta Tommy, um homem que volta do limbo para jogar na cara do pai (Nick Nolte num trabalho soberbo) o quanto seu alcoolismo de outrora contribuiu para a ruína familiar. Encontra o velho homem que busca no arrependimento, e nos quase mil dias sem beber, a paz que sozinho não consegue alcançar. Seu irmão Brendan, incorporado com semelhante competência por Joel Edgerton, persegue a saída do aperto financeiro que promete, em breve, tirar o teto de sua mulher e filhas. Ele é professor de física, enquanto Tommy é desertor (e herói) do corpo dos fuzileiros navais dos EUA, a menina dos olhos do exército americano. Irmãos feridos pela mágoa que guardam mutuamente, ambos carentes do pai que odeiam por força do passado que não se apaga. Por vias tortuosas e distintas, os dois acabam inscritos no maior espetáculo já visto no esporte, onde 16 homens travam batalhas solitárias pelo polpudo prêmio de 5 milhões de dólares.
Mais que filme de MMA, Guerreiro é essencialmente sobre família. Investe assertivamente, sem sentimentalismos baratos ou soluções fáceis, na complexa dinâmica íntima que o sustenta. Deve-se ressaltar, ainda, a maneira como Gavin O’Connor combina os embates e a construção dos personagens, edificando figuras dotadas de camadas que não são consideradas convencionalmente em filmes de apelo mais físico, onde os duelos assumem protagonismo perigoso e, não raro, redutor. No catártico encerramento, a certeza de que a frenética sina de perdedores e vencedores, mais do que basilar no competitivo ambiente das lutas, infelizmente o é no cotidiano. Guerreiro fala bravamente de superação, pecado, perdão e força de vontade, sem que para isto precise soar piegas ou entregar personagens às redenções forçadas e ao artificialismo de conexões quebradiças que se consertam como num passe de mágica. Agradabilíssima surpresa, sem dúvida.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Marcelo Müller | 9 |
Chico Fireman | 5 |
Ailton Monteiro | 6 |
Francisco Carbone | 7 |
MÉDIA | 6.8 |
um dos melhores filmes que eu já assisti. Atuações fantásticas.
Pai do céu... Marcelo Müller e Carlos Eduardo, vcs tem 10 anos de idade ??? Mas que comentários mais infantis e inúteis. "O filme não deixou claro quem é mocinho e o vilão" Esse filme é bem mais profundo do que as cenas de lutas em si. Esse filme mostra os dramas, dilemas, altruísmo, traumas, força de vontade e superação de cada personagem. Seja de Tommy, Brendan, esposa de Brendan, do pai dos irmãos e até mesmo da família do soldado morto. Revejam o filme e PRESTEM ATENÇÃO. PS: crianças na internet....é foda...é foda!!!
Curti muito esse filme. É um excelente filme no qual mostra os dramas, dilemas, altruísmo, traumas e superação de cada personagem. Porem na minha opinião, a forma q fora focadas as lutas do Tommy e as do Brendan deu um "ar fictício" no final . Sparta é o nome dado ao torneio, no qual tinha 16 lutadores e era quase uma luta atras da outra. As lutas de Tommy era rápidas, concisas e objetivas e os oponentes eram literalmente massacrados sem ao menos acertar um golpe. Já as lutas de Brendan, eram longas, cheias de altos e baixos, sofridas, pesarosas e seus oponentes dando muito trabalho até serem vencidos. OK, resumindo e indo direto ao ponto. LUTA FINAL: Tommy(invicto com vitórias fáceis e rápidas, INTACTO e SEM TOMAR UM GOLPE SEQUER) vs Brendan ( invicto com vitórias extremamentes sofridas, PÓ DA RABIOLA e TER APANHADO MAIS DO Q GATO NO SACO). Quais as possibilidades de vitória do Brendan tendo em vista um campeonato como aquele, onde não há tempo para a recuperação física do atleta ??? Mas tirando isso, o filme é perfeito !!!!
Então Srs., concordo com o Wellington Jose quanto aos vilões, nos acostumamos a ver sempre o binômio bem vs o mal, num filme como este não é tão simples assim, este é um filme que tem como plano de fundo o esporte, diga-se de passagem um esporte muito competitivo, todos tem que ter um bom motivo para estar dentro do ringue e querer ser o vencedor. Quanto ao drama familiar dos personagens principais, os três cometeram erros e estão em busca de redenção. Ou seja, não é necessário um mocinho e um bandido.
Carlos Eduardo, mais um daqueles que querem resposta pronta pra tudo, na sua vida é assim? Mais um filho da geração sem cerébro que o cinema americano vem produzindo. Mas respondendo a sua pergunta, não se sabe quem é vilão e quem é mocinho, simplesmente porque não há nem um, nem outro. A resposta é você mesmo que vai dizer.
Olá pessoal, Concordo contigo Carlos Eduardo quando diz que no filme não há delimitação clara entre mocinhos e vilões. Mas diametralmente oposta é nossa reação frente a tal constatação, pois enquanto você vê isto como elemento nocivo, creio que esta ausência de maniqueísmo seja um dos pontos que fazem de "Guerreiro" um filme bem acima da média. De qualquer maneira, obrigado pela leitura e comentário. Abraços
Desculpa, Carlos Eduardo, mas eu discordo. Assisti à "Guerreiro" neste fim de semana e fiquei estarrecido! Achei um dos melhores do ano, e estou surpreso por não ter sido indicado em mais categorias do Oscar. A primeira metade do filme é, realmente, um pouco óbvia e arrastada, mas o final é arrasador! Mesmo sabendo de antemão o que irá acontecer não tem como não torcer, vibrar e se empolgar com o que acontece na tela. E o trio principal de atores está impecável, com destaque para Nick Nolte, que merece muito esse Oscar!
Filme sem nexo. vc nao sabe quem eh o vilão e ken eh o mocinho na historia.Filme horrivel. Pifio