Na década de 80, uma série de refilmagens de comédias populares francesas invadiu Hollywood. Entre elas, esta adaptação de 3 Homens e um Bebê (1985), de Coline Serrau, se mostrou uma das mais bem-sucedidas, acumulando a maior bilheteria do cinema norte-americano em 1987. Comandada pelo ator Leonard Nimoy, em seu primeiro trabalho na direção de longas fora da franquia Jornada nas Estrelas, a trama acompanha três amigos solteiros que dividem um apartamento em Manhattan: o arquiteto Peter (Tom Selleck), o artista plástico Michael (Steve Guttenberg) e o ator Jack (Ted Danson). A rotina de festas e casos sem compromisso muda completamente quando um bebê é deixado na porta com um bilhete da mãe, Sylvia (Nancy Travis). A criança, Mary, é filha de Jack, que não sabe de sua existência e está na Turquia trabalhando, o que deixa a missão de cuidar da garotinha a cargo de Peter e Michael. Aos poucos, os solteirões convictos passam a se apegar a Mary, mudando seus conceitos sobre família e responsabilidades. Mesmo com uma subtrama policial pouco convincente, envolvendo traficantes de drogas, a comédia funciona especialmente pelo carisma e pela boa dinâmica de Selleck, Guttenberg e Danson. Combinação suficiente para fazer da produção um enorme sucesso no mundo todo – incluindo o Brasil, onde foi repetida à exaustão na Sessão da Tarde – e gerar uma continuação, Três Solteirões e uma Pequena Dama (1990). Além do êxito comercial, o longa também se notabilizou por uma lenda urbana, gerada por uma cena em que muitos acreditavam ver o fantasma de um garoto. Anos depois, revelou-se que a misteriosa aparição era, na verdade, uma figura de papelão do personagem de Danson.

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é formado em Publicidade e Propaganda pelo Mackenzie – SP. Escreve sobre cinema no blog Olhares em Película (olharesempelicula.wordpress.com) e para o site Cult Cultura (cultcultura.com.br).
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