Estreia prevista para 06/02/2020
“O cineasta neozelandês Taika Waititi transita num terreno minadíssimo em Jojo Rabbit afinal de contas estamos falando de um filme que faz piada com a juventude hitlerista, além de tantas outras coisas, dentro de uma lógica fascista. Quem mais aceitaria o risco de tirar do papel, numa grande produção, uma história coadjuvada por Hitler? (…) O primeiro terço de Jojo Rabbit é dedicado a esse treinamento absurdo. Nele há a apresentação de coadjuvantes bem delineados, como o carismático Yorki (Archie Yates) – um dos melhores sidekicks do cinema estadunidense recente –; o espalhafatoso capitão Klenderdof (Sam Rockwell); a instrutora “sem noção” Fraulein Rahm (Rebel Wilson); mas, principalmente, a mãe, Rosie (Scarlett Johansson), cativante pela forma como transborda carinho, ou seja, se colocando no terreno diametralmente oposto ao de seus compatriotas. Mesmo discordando do fanatismo cego do filho, alertando-lhe quanto à necessidade de deixar o fascismo de lado e dançar frequentemente sem motivo, ela acolhe a inexperiência do menino que precisará passar por provações a fim de finalmente entender o sentido amplo de humanismo e empatia. Essa consciência gradual e orgânica passa pelo contato do guri com Elsa (Thomasin McKenzie), judia escondida em sua casa. São impagáveis os inquéritos dele baseados em lorotas disseminadas para criar imagens negativas dos judeus”.
:: Confira na íntegra a crítica de Marcelo Müller ::
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