Durante a Primeira Guerra Mundial, o Tenente Thomas Edward Lawrence foi designado pelo exército britânico para orientar as tribos árabes no Oriente Médio que lutavam contra o domínio do Império Turco Otomano, aliado da Alemanha. Arqueólogo de formação, o oficial tinha grande interesse em ajudar os povos da península árabe a conquistar sua independência e constituir uma unificação. Lá, ele ganhou a confiança de alguns dos principais líderes das tribos, acabando como comandante de um exército com mais de dez mil homens que, através de suas estratégias, dominaram o território e derrotaram os Turcos. Lawrence acabou se tornando uma figura vaidosa e controversa, principalmente depois de ter sido capturado por inimigos e sobrevivido a alguns horrores descritos em sua autobiografia. Recusou o título de cavaleiro e brigou com vários governos quando a unificação árabe foi desfeita após a guerra. Uma história tão interessante e épica, claro, não escapou a Hollywood por muito tempo, e em 1962 foi lançada esta versão da vida do tenente, ou, como ficou conhecido, o Lawrence da Arábia, aqui vivido por Peter O’Toole. O longa dirigido por David Lean não esconde a visão apoteótica da jornada do seu protagonista, colocando em sua pele um galã da época, acompanhado de nomes não menos respeitosos, como Alec Guinness, Omar Sharif, Anthony Quinn e José Ferrer. O filme e sua opulenta escala de produção saíram com sete Oscar nas mãos, incluindo Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora, esta para o icônico Maurice Jarre.

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é formado em Produção Audiovisual pela PUCRS, é crítico e comentarista de cinema - e eventualmente escritor, no blog “Classe de Cinema” (classedecinema.blogspot.com.br). Fascinado por História e consumidor voraz de literatura (incluindo HQ’s!), jornalismo, filmes, seriados e arte em geral.
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