Domingos Oliveira morreu no dia 23 de março. Apesar da saúde do cineasta ser apontada como bastante frágil já há alguns meses, ele estava em casa, no Leblon, zona sul carioca, na hora do falecimento, trabalhando, e nem chegou a ser levado a um hospital. Ao longo de uma carreira de mais de cinco décadas, Domingos José Soares de Oliveira dirigiu mais de vinte longas-metragens para o cinema e televisão, além de peças de teatro, curtas-metragens e seriados. A estreia se deu como roteirista do curta Couro de Gato (1962), que no mesmo ano seria aproveitado no longa de episódios Cinco Vezes Favela (1962). A participação, ainda que não-creditada, lhe abriu portas. Pouco tempo depois estaria dirigindo e estrelando um texto de sua própria autoria: Todas as Mulheres do Mundo (1966), talvez o maior sucesso – de público e de crítica – e toda a sua trajetória. Por esta comédia romântica, estrelada por Paulo José e Leila Diniz, ele ganharia os Candangos de Melhor Filme, Direção e Roteiro na segunda edição do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro. A sua maior relação, no entanto, se daria com o Festival de Cinema de Gramado, que o premiou em sete ocasiões diferentes: Prêmio da Crítica, do Júri Popular e Especial do Júri Oficial por Amores (1998); Atriz e Atriz Coadjuvante por Separações (2002); Atriz por Carreiras (2005); Direção, Montagem, Roteiro e Especial do Júri Oficial por Juventude (2008); Roteiro por Primeiro Dia de um Ano Qualquer (2012); Roteiro, Montagem, Ator Coadjuvante e Especial do Júri Oficial por Infância (2014) e Melhor Filme, Direção, Trilha Sonora e Atriz Coadjuvante por BR 716 (2016), além de ter recebido também o Troféu Eduardo Abelin, em 2011, pelo conjunto de sua obra.

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