Um dos argumentos mais usados para detratar esta nova produção da Marvel Studios é apontar que o Thor visto aqui não é o mesmo dos filmes anteriores. Sim, é verdade. Mas isso é realmente um problema? As duas produções estreladas pelo herói de Asgard estão entre as mais fracas já lançadas pela Casa das Ideias. Os manda-chuvas do estúdio devem ter chegado a um impasse. Fazer mais um filme com aquele Thor ou tentar virar o jogo? Acertadamente, preferiram seguir o segundo plano. Thor Ragnarok reimagina o personagem e o deixa mais leve e divertido. Por ser comandado pelo neozelandês Taika Waititi, que tem no seu senso de humor seu melhor predicado, o timing cômico é um dos mais acertados de qualquer produção Marvel. Chris Hemsworth já provou em comédias como Férias Frustradas (2015) e Caça-Fantasmas (2016) que é ótimo fazendo rir. Por que não usar esse talento? Com um time de coadjuvantes fantástico – Jeff Goldblum merecia mais espaço – e uma vilã (Cate Blanchett) que visivelmente está se divertindo no papel, esta terceira produção estrelada pelo Deus do Trovão nos faz desejar que a Marvel tivesse acertado a mão anteriormente com o personagem. Com o sucesso de bilheteria, não é de se estranhar se fizerem mais uma continuação. Imaginem que plot twist. O personagem com os filmes mais fracos poderia ser o primeiro a ter quatro longas solo no Universo Cinematográfico Marvel. Se continuar com esse senso de humor (e com participações especiais como as de Hulk e Doutor Estranho), será muito bem-vindo.

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é crítico de cinema, membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista, produz e apresenta o programa de cinema Moviola, transmitido pela Rádio Unisinos FM 103.3. É também editor do blog Paradoxo.
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