Nascido no dia 13 de setembro de 1969 em Maputo, capital de Moçambique, João Nuno Pinto é um cineasta português radicado em São Paulo, Brasil, para onde se mudou após morar durante anos em Lisboa. Em 2013 ele lançou seu primeiro longa-metragem como realizador, o drama América: Uma História Portuguesa. Atualmente, segue trabalhando com publicidade, enquanto prepara sua volta à tela grande. Neste meio tempo, nós fomos conversar com o diretor, que revelou com exclusividade seus filmes favoritos. Confira.

 

Qual o seu filme favorito?
Não tenho filme favorito, pois ao apontar apenas um sinto que falto ao respeito a todos os outros que amei e merecem estar na mesma lista. Tenho muitos filmes favoritos e muitos realizadores que admiro. O meu gosto é demasiado eclético para ficar rotulado a apenas alguns filmes. Por isso não gosto muito de fazer este tipo de listas.

 

Dos últimos filmes que você assistiu, seja no cinema ou em casa, qual recomendaria?
O último filme que vi e me surpreendeu sobremaneira foi Lore (2012), da diretora australiana Cate Shortland. É um filme sobre uma família nazista caída em desgraça com o final da Segunda Guerra Mundial. Uma história sobre a mentira e o crescimento que advém do confronto com a verdade, filmado com uma sensibilidade e beleza incríveis. Outro que adorei foi o Amor (2012), do Michael Haneke, tão simples e tão bom na sua homenagem ao amor verdadeiro. Também gostei bastante de Procurando Sugar Man (2012), não tanto como obra cinematográfica, que não acrescenta muito ao formato do documentário, mas pelo tema em si, pela construção narrativa da história e o que fez pelo Sixto Rodriguez, dando-o a conhecer ao mundo. Ficamos todos mais ricos com esse filme. Por último, revi mais uma vez o Fome (2008), do Steve McQueen, um dos meus filmes favoritos dos últimos anos. Fico sempre abismado com o poder desta primeira obra, um filme feito com muito pouco orçamento e uma grande força criativa. Um filme visceral fotografado magistralmente por Sean Bobbit, do qual sou um grande admirador.

 

Se a sua vida fosse um filme, qual seria o título?
“Voando Sobre um Ninho de Cucus” (versão em português de Portugal).

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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