29 mar

Menos de 24h depois de protagonizar um dos momentos mais lamentáveis da quase centenária história do Oscar, o ator Will Smith foi às suas redes sociais pedir desculpas ao colega Chris Rock e ao público. O vencedor do Oscar de Melhor Ator por King Richard: Criando Campeãs (2021) disse que sua resposta agressiva às piadas (também lamentáveis) do colega que apresentava a cerimônia foi emocional e que não representa o homem que ele deseja ser. Para quem não sabe do que se trata o bafafá, na noite deste domingo, 27, Rock fez uma piada sobre a falta de cabelos de Jada Pinkett Smith, esposa de Will, assim tocando num ponto sensível – já que a atriz sofre de uma doença autoimune que ocasiona queda de cabelos. Will, furioso, subiu ao palco e estapeou o apresentador, logo depois exigindo veementemente que ele deixasse de falar de sua esposa. No dia seguinte, boa parte da opinião pública passou discutindo certos, errados e repercutindo o caso. Nós do Papo de Cinema gravamos um podcast especial sobre a festa do Oscar 2022 e você pode conferi-lo no fim desta matéria. Logo abaixo, a íntegra do pedido de desculpas de Will Smith.

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“A violência em todas as suas formas é venenosa e destrutiva. Meu comportamento no Oscar de ontem à noite foi inaceitável e indesculpável. As piadas à minha custa fazem parte do trabalho, mas uma piada sobre a condição médica de Jada era demais para suportar e reagi emocionalmente.

Gostaria de lhe pedir desculpa publicamente, Chris. Estava fora dos limites e estava errado. Estou envergonhado e as minhas ações não foram indicativas do homem que quero ser. Não há lugar para a violência num mundo de amor e bondade.

Gostaria também de pedir desculpa à Academia, aos produtores do espetáculo, a todos os participantes e a todos os que assistem em todo o mundo. Gostaria de pedir desculpa à Família Williams e à minha Família King Richard. Lamento profundamente que o meu comportamento tenha manchado o que tem sido uma viagem de outro modo deslumbrante para todos nós.

Sou um trabalho em progresso
Sinceramente,
Will”

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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