Em dois de abril, chegam aos cinemas brasileiros não apenas um, mas dois filmes relatando o caso de Suzane von Richthofen, estudante presa por arquitetar o assassinato dos próprios pais em 2002, junto do namorado Daniel Cravinhos. A Menina que Matou os Pais (2020) e O Menino que Matou meus Pais (2020) foram construídos a partir dos depoimentos reais de ambos durante a investigação criminal.

O projeto tem despertado polêmica desde o seu anúncio devido à possível glorificação da violência praticada pela jovem, além de gerar receios quanto à espetacularização do crime desdobrado em duas produções simultâneas. Além disso, o díptico precisou enfrentar um processo na justiça de autoria da própria Suzane von Richthofen, alegando que os filmes foram produzidos sem sua autorização. O trâmite correu em segredo na Comarca de Angatuba, em São Paulo.

 

 

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No entanto, a justiça deu ganho de causa à produtora Santa Rita Filmes, responsável pelas duas obras. Os produtores venceram todas as etapas em primeira instância da ação, julgada improcedente. Vale lembrar que Richthofen também tentou proibir o livro de Ulisses Campbell sobre o crime. Ela obteve vitória no início, porém a obra foi lançada mais tarde.

Em A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou meus Pais, Carla Diaz (O Clone, Chiquititas) interpreta Suzane, enquanto Leonardo Bittencourt assume o papel de Daniel Cravinhos. Allan Souza Lima, Leonardo Medeiros, Augusto Madeira e Débora Duboc também integram o elenco. O filme é dirigido por Maurício Eça (de Carrossel: O Filme, 2015 e Carrossel 2: O Sumiço de Maria Joaquina, 2016).

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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