Sessão da Tarde :: Planeta dos Macacos: A Origem, filme de hoje (12/05), reacendeu o debate: será que as premiações de Hollywood, um dia, valorizarão atuações digitais como a de Andy Serkis?

Publicado por
Victor Hugo Furtado

Planeta dos Macacos: A Origem é o destaque da Sessão da Tarde desta segunda-feira, 12. Lançado em 2011, o longa marcou o início de uma nova trilogia para a clássica franquia e chamou atenção não apenas pelos efeitos visuais, mas por um elemento em especial que gerou discussões em Hollywood e segue rendendo questionamentos mais de uma década depois. Siga o fio e saiba mais!

SESSÃO DA TARDE: PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM

Na Sessão da Tarde, um cientista testa em chimpanzés uma substância experimental que pode ser a cura para o Alzheimer. Mas o experimento foge do controle quando César, um dos macacos, desenvolve inteligência avançada e começa a liderar uma revolta contra os humanos, dando início ao que pode ser uma nova era no planeta.

SESSÃO DA TARDE: A REVOLUÇÃO DO MOTION CAPTURE

A captura de movimento, tal como conhecemos hoje – capaz de registrar minuciosamente os gestos, expressões e nuances de uma performance humana – começou a ganhar forma no início dos anos 2000, com o desenvolvimento de tecnologias voltadas à atuação digital. Mas foi com a entrada de Andy Serkis em cena que essa ferramenta deixou de ser apenas um recurso técnico para se tornar uma forma legítima de interpretação.

Sua atuação como Gollum na trilogia O Senhor dos Anéis, especialmente em As Duas Torres (2002), marcou um divisor de águas: Serkis não apenas dublava o personagem digital, ele o interpretava integralmente, com o corpo todo e uma carga dramática que só o teatro e o cinema permitiam. Anos depois, ele repetiria o feito em papéis como King Kong (2005) e, sobretudo, César em Planeta dos Macacos: A Origem (2011), consolidando-se como o maior nome da chamada performance capture.

Sessão da Tarde: Planeta dos Macacos: A Origem

Apesar do impacto significativo das atuações de Serkis, Hollywood ainda reluta em reconhecer performances por captura de movimento nas principais premiações. Um dos argumentos é que essas atuações dependem fortemente do trabalho de equipes de efeitos visuais, o que dificultaria a atribuição do mérito exclusivamente ao ator. No entanto, Serkis e outros profissionais têm defendido que a essência da atuação – a expressão emocional, o timing e a presença cênica – permanece sendo responsabilidade do ator, independentemente da tecnologia envolvida.

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Ao The Guardian, em 2012, James Franco, coestrela de Serkis em Planeta dos Macacos: A Origem, afirmou que Serkismerecia uma indicação ao Oscar por sua atuação como César”, destacando que a performance captura é uma “forma legítima de atuação que ainda não recebe o devido reconhecimento”.

Sessão da Tarde: Planeta dos Macacos: A Origem

À medida que a tecnologia de captura de movimento continua a evoluir e se tornar mais integrada às produções cinematográficas, cresce a pressão para que as premiações reconheçam essas performances de forma justa. Embora ainda haja resistência, é possível que, no futuro, categorias específicas sejam criadas para valorizar a atuação digital, ou que essas performances sejam incluídas nas categorias tradicionais de atuação. O trabalho pioneiro de Andy Serkis certamente desempenhará um papel crucial nesse processo de reconhecimento.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: victor@papodecinema.com.br