20201130 david prowse papo de cinema
30 nov

O ator britânico David Prowse morreu neste sábado, 28, aos 85 anos, em Londres, na Inglaterra. Ele ficou mundialmente conhecido por ter vivido o icônico vilão Darth Vader na primeira trilogia da saga Star Wars. De acordo com entrevista concedida por sua filha, Rachel, ao jornal inglês The Sun, a causa da morte foi a Covid-19, duas semanas após ele testar positivo à doença que vem causando estragos incontáveis em 2020. “É horrível que as restrições impostas pela Covid impediram que nos despedíssemos dele”, afirmou Rachel. Prowse era fisiculturista nos anos 1970. Foram justamente sua postura e físico imponentes que o fizeram vencer a acirrada concorrência para vestir o manto e a máscara do ex-jedi seduzido pelo lado negro da Força. Ele era dublado por James Earl Jones, numa dobradinha encarregada de gerar o que muitos consideram o maior antagonista da história do cinema.

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David Prowse foi notado por George Lucas por conta de seu porte imponente em Laranja Mecânica (1971), no qual viveu Julian, o grandalhão que desempenha a função de guarda-costas em determinado segmento do filme de Stanley Kubrick. Nos anos 1970, o britânico ainda atuou como Frankenstein em três produções que não tiveram muito destaque. Durante as décadas seguintes, viajou o mundo em convenções para fãs da saga Star Wars, mas se afastou dela em 2010 quando se desentendeu com George Lucas. Mark Hamill, intérprete de Luke Skywalker, manifestou pesar pela morte de Prowse em sua conta oficial do Twitter: “É tão triste saber que David Prowse faleceu. Ele era um homem gentil e muito mais do que Darth Vader. Ator, marido, pai, membro da Ordem do Império Britânico, tricampeão britânico de levantamento de peso e ícone da segurança no trânsito com o super-herói Green Cross Code Man. Ele amava seus fãs tanto quanto era amado por ele”.

Green Cross Code Man, personagem citado por Hamill, foi um super-herói criado nos anos 1970 para conscientizar a população britânica sobre a importância de seguir protocolos de segurança no trânsito.

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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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