Um grande nome do cinema britânico nos deixou no final de semana. Nesta sexta-feira, 10, foi anunciada a morte do diretor, produtor e roteirista inglês Hugh Hudson, indicado ao Oscar pelo clássico Carruagens de Fogo (1981). A informação foi divulgada pela família, que informou um “breve período” em que Hudson esteve doente. O comunicado não especificou a causa do falecimento. O realizador estava internado em um hospital em Charing Cross, Londres, antes da fatalidade.
LEIA MAIS
Burt Bacharach, compositor vencedor de três Oscars, morre aos 94 anos
Atriz Mia Goth diz que Oscar não leva filmes de terror a sério: “Uma mudança é necessária”
Alejandro González Iñárritu se opõe ao detratores do streaming: “Fellini ou Godard no computador ainda são grandes”
Nascido no centro da capital londrina, Hugh chegou a integrar a Guarda Nacional do Exército Britânico no final dos anos 1950. No início dos 1960, após três anos editando documentários em Paris, abriu uma produtora com os sócios Robert Brownjohn e David Cammell. A empresa garantiu sucesso na década, ganhando prêmios e sendo pioneira em um novo estilo para produções documentais e filmes publicitários. Na mesma época, colaborou com os irmãos Ridley e Tony Scott na Ridley Scott Associates (RSA), produtora britânica de filmes e comerciais.
Foi apenas em 1981 que Hudson debutou como diretor de longas ficcionais. A estreia não poderia ter sido melhor, pois foi logo com Carruagens de Fogo, longa que eternizou a trilha sonora original composta por Vangelis. A obra, que segue a emocionante história de dois atletas britânicos, um judeu e um cristão, competindo nas Olimpíadas de 1924, o colocou entre os finalistas a Melhor Direção no Oscar de 1982. Se não ganhou (o premiado naquele ano foi Warren Beatty, por Reds), também não fez feio: das sete indicações recebidas, ganhou quatro, inclusive como Melhor Filme do ano. Além do destaque no prêmio da Academia, o cineasta também recebeu o Troféu do Júri Ecumênico (Menção Especial) no Festival de Cannes de 1981.
Mesmo sem atuar com regularidade na indústria, Hugh comandou nos anos seguintes os populares Greystoke: A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva (1984) e África dos Meus Sonhos (2000). Sua última colaboração se deu na realização de Altamira, estrelado por Antonio Banderas e lançado em 2016.
Últimos artigos deVictor Hugo Furtado (Ver Tudo)
- A Última Sessão - 13 de dezembro de 2024
- Privadas de Suas Vidas :: Terror nacional começa a ser gravado em São Paulo - 13 de dezembro de 2024
- Critics Choice Awards 2025 :: Ainda Estou Aqui é indicado a Melhor Filme em Língua Estrangeira - 12 de dezembro de 2024
Deixe um comentário