15 dez

Fred Astaire e Ginger Rogers formaram uma das duplas mais entrosadas e icônicas da Era de Ouro de Hollywood. Difícil desgrudar os olhos da tela quando os dois sincronizam na dança, desde sua estreia juntos, como coadjuvantes em Voando para o Rio (1933), a consolidação de verdadeiros emblemas, tais como O Picolino (1935). Pois, vem aí uma cinebiografia dessa dupla inesquecível. Os escolhidos para encarná-los foram Jamie Bell e Margaret Qualley. As filmagens estão programadas para acontecer em 2021, a partir do roteiro escrito por Arash Amel (Uma Guerra Pessoal, 2018). O longa-metragem será dirigido por Jonathan Entwistle – o mesmo do recentemente anunciado reboot de Power Rangers. As poucas informações divulgadas até o momento sobre a trama dão conta de que ela se focará na relação de Fred Astaire e Ginger Rogers não apenas diante das câmeras, mas, e sobretudo, no que os unia nos bastidores, no amor combinado com uma energia criativa enorme.

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Jamie Bell, assim, volta a um terreno bastante importante de sua carreira, a dança. Afinal de contas, foi vivendo o papel-título de Billy Elliot (2000), o menino dançarino que se vê asfixiado por uma lógica retrógrada no seu entorno britânico, que ele começou a pavimentar uma carreira nos cinemas. Há quem diga (não sem razão) que seu talento imenso ainda não foi devidamente reconhecido. Já Margaret Qualley, que vem se destacando em pequenos papeis, como a Amelia de Dois Caras Legais (2016) e a jovem hippie de Era uma Vez em…Hollywood (2019), talvez esteja ganhando uma de suas (até aqui) maiores oportunidades no cinema. No entanto, ela igualmente está familiarizada com o mundo da dança, pois viveu a dançarina e coreógrafa Ann Reinking na minissérie Fosse/Verdon (2019).

Os protagonistas Margaret Qualley e Jamie Bell
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Marcelo Müller

Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.

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