20210326 nosso tudo bem papo de cinema

Não é comum que curtas-metragens façam “sucesso”, isso se o parâmetro principal for a perspectiva mercadológica oferecida aos longas. No entanto, guardadas as devidas proporções, pode-se dizer que teve muito êxito o curta-metragem Tudo Bem (2020), cujo mote era um romance durante a pandemia de Covid-19. Ele foi visto por mais de 250 mil pessoas no YouTube, plataforma em que foi lançado gratuitamente. Nele, os atores Daniel Rangel e Heslaine Vieira viveram Hugo e Dandara, casal que teve a convivência interrompida pela necessidade de distanciamento social decorrente da Covid-19. De acordo com a equipe de produção, o filme chegou a ser exibido em escolas e universidades como exemplo narrativo e portador de uma mensagem atualíssima em temos de isolamento.

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Pois bem, essa recepção positiva incitou os idealizadores a fazerem uma sequência. Nosso Tudo Bem (2021) foi selecionado para o edital emergencial da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SECEC-RJ), Retomada Cultural, com recursos da Lei Aldir Blanc. Com estreia marcada para segunda-feira, 29, às 20h, também gratuitamente no YouTube, o filme conta com os retornos de Daniel Rangel e Heslaine Vieira nos papeis protagonistas e incorpora ao elenco Giovanna Coimbra e Gabriel Contente, eles que então retomam a parceria do casal GabiCente, da novela Bom Sucesso (2019), da TV Globo. A trama do média-metragem (que tem cerca de 50 minutos) se dá em torno da turbulência no relacionamento do casal principal assim que Dandara passa num processo seletivo que a obriga mudar-se para outro estado.

Além de um dos protagonistas, Daniel Rangel faz sua estreia como produtor em Nosso Tudo Bem: “Dessa vez eu quis entrar de cabeça no projeto e explorar algumas outras funções. Esta foi a minha primeira experiência como produtor e ator ao mesmo tempo. Aprendi demais e ficou ainda mais claro pra mim como nosso trabalho é extremamente coletivo, ninguém faz nada sozinho”, diz o ator. Toda a equipe criativa retornou para a sequência, incluindo aí o diretor Caio César.

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Foto / Ruan Lopes
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Foto / Ruan Lopes
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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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