A Paramount Pictures divulgou que Gal Gadot e Patty Jenkins, respectivamente a protagonista e a diretora de Mulher-Maravilha (2017) e da sequência, Mulher-Maravilha 1984 (2020), voltarão a formar sua dupla dinâmica, mas dessa vez para realizar uma ambiciosa cinebiografia de Cleópatra. A atriz comemorou o anúncio em seu Twitter: “Como vocês devem ter ouvido por aí, me associei a Patty Jenkins e Laeta Kalogridis para levar a história de Cleópatra, Rainha do Egito, ao cinema de uma maneira inédita. Para contar sua história pela primeira vez através dos olhos de mulheres, tanto na frente quanto por trás das câmeras”. Roteirista de Alita: Anjo de Combate (2019) e Ilha do Medo (2010), Laeta Kalogridis será a roteirista do filme que não teve detalhes divulgados.

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Vale lembrar que Hollywood tem um fascínio especial pela Rainha do Nilo. No ano de 1963, nada menos do que Elizabeth Taylor, Richard Burton e Rex Harrison estrelaram uma superprodução nababesca que acabou fracassando nas bilheterias e, de alguma forma, sinalizou que havia algo de muito errado na Meca do cinema norte-americano – que poucos anos depois seria chacoalhada por uma nova geração de realizadores que instauraria a leva comumente conhecida como Nova Hollywood. Na época, Liz Taylor não teve de enfrentar tantos questionamentos pelo fato de ser uma jovem branca de olhos violetas interpretando uma monarca de fenótipo distinto(?). Os tempos mudaram (ainda bem) e já há um burburinho em torno da escolha de uma atriz israelense, e branca, para viver essa personalidade histórica. Mas, os defensores de Gadot se apoiam no fato de que Cleópatra tinha ascendência grega e assim seria também branca. A disputa ideológica não é nova, mas ganhará vários capítulos, podem apostar.

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.
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