Dentro do meio do audiovisual, a Escuela Internacional de Cine y TV, em Cuba, é considerada uma das mais importantes instituições do mundo no ensino de cinema, além de ser bastante seleta na admissão de alunos. Por isso, quando o jovem cineasta Alysson Souza foi aprovado na quarta tentativa para o curso regular de roteiro, ele buscou formas alternativas de financiar os estudos.
Até pouco tempo atrás, o governo brasileiro arcava com 25% dos custos para os alunos selecionados na EICTV, enquanto o governo cubano se encarregava de 75% do investimento. No entanto, o patrocínio foi interrompido pelo Brasil. Agora, os jovens precisam custear sozinhos o valor de € 6 mil, incluindo viagem, estadia e alimentação, o que inviabiliza a participação para a maior parte dos estudantes brasileiros.
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Deste modo, Alysson Souza seguiu os passos do cineasta Rosa Caldeira e lançou sua própria vaquinha online, buscando arrecadar fundos através de pessoas que se sensibilizem com os novos talentos do audiovisual. A plataforma Benfeitoria traz um texto detalhado sobre o processo de inscrição e uma discriminação completa dos custos. O diretor também disponibiliza um contato pessoal para esclarecimentos de dúvidas a possíveis doadores.
“Produzir, refletir e escrever cinema é algo que me ajuda a estabelecer uma empatia para com o outro, é algo que me faz entender o lugar de onde eu venho e me desafia a impulsionar mudanças numa sociedade tão racista, LGBTfóbica e eurocêntrica. Ser roteirista é a função que me coloca de frente a tudo isso, pois penso que somos bombardeados por histórias de todos os lados e que elas ajudaram a contar e dar visibilidade às narrativas brancas”, explica Souza. O cineasta tem até o dia 30 de setembro para atingir a meta estipulada.
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